A EAD COMO FORMA DE EDUCAÇÃO PÚBLICA

                                                                                 Camila Rodrigues da Silva

O EAD, Ensino a Distância é uma forma de educação que visa utilizar a seu favor recursos tecnológicos exclusivos e direcionados através da qual aluno e professor não precisam estar juntos fisicamente em um espaço para que ocorra a aprendizagem por completo. Para o EAD aconteça, o aluno só necessita ter acesso a internet e um sistema de gestão de aprendizagem para o processo se realizar de forma dinâmica e eficiente.

O intuito da criação do EAD foi para ajudar as pessoas com baixa renda, pouco tempo e que não precisasse se deslocar. Sendo assim este meio de ensino já é uma grande realidade no Brasil e aceito por diversos brasileiros.

         Por anos a escola sempre teve as mesmas características: a escola, as salas com cadeiras enfileiradas, um quadro, um professor e os alunos. Porém com os avanços tecnológicos foi sendo capaz de reverter esse padrão e atualmente uma das formas que mais vem se mostrando útil é o EAD.

Apesar de muitos serem contra pelo fato de que o EAD não pode ser considerado um ensino completo, onde a única formação que os alunos tem é a formação teórica. O que de fato não é correto, pois todos os cursos, ou a grande maioria deles, precisam de uma parte prática, pelo fato de que um engenheiro não pode construir sabendo apenas a parte teórica, um técnico de enfermagem não pode consultar alguém sem ao menos ter sido treinado para. E mesmo com esses pesares, uma grande parcela da população brasileira vem aderindo a esta forma de ensino.

         Quando pesquisamos sobre o EAD como forma de precarização na educação pública o principal alvo das discussões são os professores graduados e que dão aula em instituições de ensino. O que de fato é algo a ser discutido, pois por muitas plataformas de EAD os professores não são formados, tivemos até um exemplo dado em sala de aula onde uma empresa ofereceu na sua propaganda vaga para ser professor de ensino a distancia, como se qualquer pessoa pudesse estar ali e fazer aquele papel de professor, como se aquele trabalho docente pudesse virar apenas uma forma das pessoas conseguirem mais renda.

Outro ponto a ser observado também é a relação entre professor e aluno, afinal em uma sala conseguimos fazer debates que favorecem o pensamento e questionamento dos alunos, a troca de experiência e de vida que muitas vezes ajuda o aluno a se tornar um profissional muito melhor do que ele seria se não houvesse essa relação.

         Sendo assim o que devemos nos questionar é: que tipo de profissionais são formados nesses espaços? Como se dá a relação professor-aluno durante o processo? Quais são os verdadeiros interesses por trás da ampliação do EAD? Como se dá a formação para os professores que irão atuar nessas formações?