terça-feira, 10 de julho de 2018

AÇÃO PROPOSITIVA DE MUDANÇA – EDUCAÇÃO QUE TEMOS X EDUCAÇÃO QUE QUEREMOS


Geovanna Calazans Nogueira 

Não é novidade que a educação brasileira se encontra sucateada, em todos os aspectos visíveis. Seja por sua estrutura física vista nas escolas, ou por sua estrutura administrativa, que mal consegue colocar em prática tudo aquilo que propõe.
A mudança começa na educação. Parece ser uma frase genérica, mas ao analisar por outro ponto de vista, se mostra total sentido. A educação informativa é primordial para que passemos da educação que temos para a educação que queremos.
Uma parte muito pequena da sociedade se informa a respeito dos seus direitos, no que tange a educação mal sabem onde procurar por informação, que dirá consumi-la. PNE, Lei De Diretrizes e Bases, tudo isso passa despercebido pela sociedade, e isso custa caro para todos. Todos perecem por falta de conhecimento. Tudo começa em saber, em estudar seus direitos e deveres, tanto dentro quanto fora da educação.
É visível que todos querem uma educação eficiente, justa e universal, onde ninguém fique para trás e ninguém seja privilegiado, ou melhor, que todos sejam privilegiados, seja na rede pública ou privada. Uma escola que ensina, que educa e instrui, que transforma o aluno não somente em uma máquina de marcar respostas em um gabarito, mas em alguém com pensamento crítico, e com plena capacidade de exercer sua cidadania. O que vemos hoje é exatamente o contrário e mudar esse quadro não é fácil, a raiz do problema é profunda, mas é possível.
Tendo se informado de tudo que o Estado deve fornecer à educação, se pode cobrar do mesmo, se pode passar tais informações adiante e usar a própria voz para ver a educação se tornar exemplar, se tornar um verdadeiro pilar firme da sociedade, e não um pilar todo rachado e prestes a cair de tão descuidado e esquecido como é hoje. Os governantes se esqueceram da educação, seja ou não proposital, mas esqueceram. E que nas urnas o povo não se esqueça disso, que haja a esperança de algo novo vindo do Planalto Central para o resto do país, a educação clama por socorro, as crianças e adolescentes clamam por livros, por merenda e por uma cadeira decente para estudar, para mudar os rumos da própria vida. Sabe-se que a função social que a escola tem é imensurável, ela pode e deve mudar a vida do aluno, mas para o bem, não para o mal como tem acontecido.
Uma estrutura feita com tijolos e cimentos, com uma placa escrito “escola” na frente é o local onde passa-se 12 anos da vida, no mínimo 5 horas por dia, fora a universidade, não deveria ser esse o local onde se constrói o próprio caminho? Os sonhos, os amigos, as melhores experiências de vida deviam ser construídas nesse local, é assim que queremos a educação e a escola. Mas será que é isso que temos? Ou temos uma escola caindo aos pedaços, onde se explodem conflitos familiares, onde o aluno se sente completamente incapaz, onde o mesmo não aguenta ficar em sala de aula por ter uma aula tão entediante e nada identificativa? Não podemos cobrar por um direito que não se sabe que tem, por isso a educação que queremos começa na informação da educação que podemos ter, para a partir de então, lutar pela educação que se pode ser.
Muitos idosos dizem: “a educação é tudo” e arrisco dizer que é uma fala verdadeira. Um povo bem-educado não é enganado. Um povo bem-educado não é pisoteado. Um povo bem-educado não é alienado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A CULTURA NA EDUCAÇÃO: CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE                                                                    ...