Geovanna
Calazans Nogueira
Não é novidade que a
educação brasileira se encontra sucateada, em todos os aspectos visíveis. Seja
por sua estrutura física vista nas escolas, ou por sua estrutura administrativa,
que mal consegue colocar em prática tudo aquilo que propõe.
A mudança começa na
educação. Parece ser uma frase genérica, mas ao analisar por outro ponto de
vista, se mostra total sentido. A educação informativa é primordial para que
passemos da educação que temos para a educação que queremos.
Uma parte muito pequena
da sociedade se informa a respeito dos seus direitos, no que tange a educação
mal sabem onde procurar por informação, que dirá consumi-la. PNE, Lei De
Diretrizes e Bases, tudo isso passa despercebido pela sociedade, e isso custa
caro para todos. Todos perecem por falta de conhecimento. Tudo começa em saber,
em estudar seus direitos e deveres, tanto dentro quanto fora da educação.
É visível que todos querem
uma educação eficiente, justa e universal, onde ninguém fique para trás e
ninguém seja privilegiado, ou melhor, que todos sejam privilegiados, seja na
rede pública ou privada. Uma escola que ensina, que educa e instrui, que
transforma o aluno não somente em uma máquina de marcar respostas em um
gabarito, mas em alguém com pensamento crítico, e com plena capacidade de exercer
sua cidadania. O que vemos hoje é exatamente o contrário e mudar esse quadro
não é fácil, a raiz do problema é profunda, mas é possível.
Tendo se informado de
tudo que o Estado deve fornecer à educação, se pode cobrar do mesmo, se pode
passar tais informações adiante e usar a própria voz para ver a educação se
tornar exemplar, se tornar um verdadeiro pilar firme da sociedade, e não um
pilar todo rachado e prestes a cair de tão descuidado e esquecido como é hoje.
Os governantes se esqueceram da educação, seja ou não proposital, mas
esqueceram. E que nas urnas o povo não se esqueça disso, que haja a esperança
de algo novo vindo do Planalto Central para o resto do país, a educação clama
por socorro, as crianças e adolescentes clamam por livros, por merenda e por
uma cadeira decente para estudar, para mudar os rumos da própria vida. Sabe-se
que a função social que a escola tem é imensurável, ela pode e deve mudar a
vida do aluno, mas para o bem, não para o mal como tem acontecido.
Uma estrutura feita com
tijolos e cimentos, com uma placa escrito “escola” na frente é o local onde
passa-se 12 anos da vida, no mínimo 5 horas por dia, fora a universidade, não
deveria ser esse o local onde se constrói o próprio caminho? Os sonhos, os
amigos, as melhores experiências de vida deviam ser construídas nesse local, é
assim que queremos a educação e a escola. Mas será que é isso que temos? Ou
temos uma escola caindo aos pedaços, onde se explodem conflitos familiares,
onde o aluno se sente completamente incapaz, onde o mesmo não aguenta ficar em
sala de aula por ter uma aula tão entediante e nada identificativa? Não podemos
cobrar por um direito que não se sabe que tem, por isso a educação que queremos
começa na informação da educação que podemos ter, para a partir de então, lutar
pela educação que se pode ser.
Muitos idosos dizem: “a
educação é tudo” e arrisco dizer que é uma fala verdadeira. Um povo bem-educado
não é enganado. Um povo bem-educado não é pisoteado. Um povo bem-educado não é
alienado.
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