P.H.S.D
Ligue
os níveis de ironia e sarcasmo ao máximo para começar...
Estamos
rodeados por câmeras, sejam elas eletrônicas ou os olhares punitivos que com
sutileza nos joga um peso tão grande nas costas que às vezes podemos pensar que
essa ‘pressão’ é algo normal. Vem de seus pais, amigos, parentes, mercado de
trabalho, futuro, passado e presente, olhares de si a si mesmos, que doem
tanto, às vezes.
O
ambiente acolhedor e respeitador de diferenças, lar do desenvolvimento crítico
do homem e da mulher está se tornando apenas um quadrado de lados tão iguais,
de pessoas tão cinzas, de almas tristes, de corpos inertes e sem voz. Escola
né? Algo do tipo, sinto que já não reconheço. O progresso do país agradece. A ‘fé’ dita o caminho de uma nação, assim quer
o senhor, ou melhor, a ideologia conturbada e perturbada que está sempre
embaixo das asas de uma entidade punitiva que é onipotente e descansa no sétimo
dia entre outras bobagens hahaha... mas, quem liga pra isso, não é?
Já
dizia Leibniz, um grande playboy: “Deus criou o melhor dos mundos possíveis” ou
algo assim. Uma mãe que acha estranho o seu filho branco que canta rap e pula
na frente da injustiça quando vê um negro sofrendo racismo, coisas que certo
candidato a presidência, cujo o nome não é necessário sujar este papel, acredita
não existir aqui no Brasil. Assim como também a homofobia e tantos outros preconceitos
não existem, são devaneios, pois o gay ou o índio que morre não são nem gente,
é só uma ‘cota’ que os grandes ‘manuscritos’ do governo precisam possuir para
dizer que aquele monte de defecações escritas respeitam as diferenças.
- Mas
o que é tudo isso que parece tão absurdo?
- Medo.
Medo
de abandonar a tradição, medo da mudança, a constante da vida humana, pensante.
Atinja sempre as metas, onde estiver ou será punido, o olho pune a todos e une
a poucos, e assim será, se o fogo da luta se apagar. O cômico é que há regressivos para todas essas
regressões colocadas.
- Documentário
sobre uma artista plástica negra e brasileira para o meu pobre filho que tem
que crescer em um ambiente de segregação? Mostrar pra ele que todos os
princípios morais que regem o universo, como o homem nasceu para a mulher e o
contrário também se aplica ao que ele aprendeu em casa, com sua família, não
faz sentido? Eu quero escola sem partido.
E o
pior, dar uma educação geral, diversificada para filhos de pobres?
- Enfia
curso técnico neles para o meu magnífico engenheiro se formando em uma renomada
universidade caríssima possa mandar nele para fazer aquela obra superfaturada
para o governo que vai demorar 5 anos a mais e custar mais que o triplo para
ser finalizada.
Pobre
filho e filho pobre. Dualidade.
- Senta,
fica. Bom garoto! Escolha qual empresa vai te explorar
-
coff coff... desculpe... escolha seu currículo na escola, estude o que quiser,
você não vai mais precisar estudar matérias como filosofia com aquele bando de “galalaus”
que só se preocuparam até hoje com problemas existenciais, políticos, aquele
bando de baboseira cuja jurisdição cabe a tudo o que se possa pensar e não pensar.
Ou sociologia onde você tem que ficar vendo sobre digressões sociais, debatendo
sobre aborto. Não quero. História? Pra quê estudar isso, já passou. Mas se você
quiser estudar isso, também não vai rolar. “Eu sou a voz que vos fala, a voz do
destino”.
Sua
liberdade só não contava com a astúcia dos mestres de marionetes. Disciplina,
respeito, temer a Deus é tudo.
- Conheço
até um pastor que dizia que o pai dele sabia falar latim, inglês e francês, era
o rei das matemáticas, tocava as mais lindas melodias de grandes mestres da
música clássica com perfeição no piano entre outros instrumentos, e que o preço
disso foram suaves parcelas de apanhar de seus professores a cada erro mínimo
por vários anos, mas que tudo bem, o conhecimento vem naturalmente com umas
duas ou três pauladas no pescoço por minuto. A população esta reagindo bem a
esse adestramento, não estando nem aí, até que aconteça alguma coisa que fere o
individual, o coletivo é que se dane. E até quando o individual é ferido, se
veem impotentes, sem força.
Já
dizia BK: nas
favelas quem sobe para lhe matar é o mesmo que lhe vende a arma. A lei não é
parâmetro de justiça, não se iludam, mas sempre sigam a lei.
- “Sit,
junto. Sentado, calado”. “Sorria, você está sendo filmado”. Bem afrontoso, mas
há muita gente que não sabe nem ler, não tem acesso à internet, e se tem nem
sabe e o filho só usa para jogar minecraft.
Mas
porque julgaria todos estes? Porque julgar alguém que tem fé em deus de que
tudo vai melhorar, lá naquela cidade que eu nunca nem ouvi o nome, no interior?
Porque julgar alguém que só quer que seu filho esteja na escola,
independentemente do porque ou do para quê serve uma escola, pois nunca
frequentou uma? Há tantos apenas sobrevivendo, que não ligam se todos os
alimentos encontrados no mercado são de apenas 11 empresas e que o país fala de
livre comércio, e só ligam de fato em colocar aquela comida na mesa.
- Mas
quem quer consegue, quem merece consegue.
Será?
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