sexta-feira, 31 de maio de 2019

VISIBILIDADE DAS ESTUDANTES MÃES 

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Fabíola Campos de Andrade Santos 

Ser Mãe te emancipa?

Na obra Pedagogia do Oprimido (2002) FREIRE indica e defende uma pedagogia emancipatória, visando a libertação em vários aspectos, cidadania e intelectuais. “ Só faz sentido se os oprimidos buscarem a reconstrução de sua humanidade e realizarem a grande tarefa humanista e histórica dos oprimidos- libertar a si e aos opressores.”(FREIRE, 2002, P.30).
E como almejar uma educação autônoma, enquanto ainda negligenciamos nossas crianças no ambiente acadêmico, sim, crianças não estudam em faculdades, porém devemos nos atentar que elas nos permeiam e acabam nos tornando comum apaga-las em nosso cotidiano nesse ambiente.
Apesar de em nossa constituição assumirmos as crianças como prioridade:

Art.227. É dever da família, da sociedade, do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (...). (CF 1988)

Minha denúncia evidencia a displicência da universidade  e enquanto estudante mãe abordo os obstáculos impostos à nossa permanência.
As estudantes que não se sentem confortáveis em trancar o semestre durante a gravidez ou o primeiro período do bebê, ou fazer atividades à distância, não tem assegurado seu direito à permanência, uma vez que a recusa de alunos, professores e as vezes do próprio departamento, esse de forma mais gentil e bem argumentada, nos incentiva a interrupção ou até desistência do curso.
Professores, ponte da educação, devem compreender que compartilhar uma educação emancipatória compete também em dar suporte às adversidades dos discentes e viabilizar a permanência dessa a academia.
‘’Se os homens são produtores desta realidade e se esta, na inversão de práxis, se volta sobre eles os condiciona, transformar a realidade opressora, é tarefa histórica, é tarefa dos homens.’’( FREIRE, 2005, P.16)




FINANCIAMENTO: A EDUCAÇÃO RECEBE RECURSO SUFICIENTE?

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Laura Leal Martinez

Para entender um pouco sobre o financiamento da educação brasileira e se a mesma recebe ajuda suficiente para o seu funcionamento, temos que fazer um breve resumo entender um pouco sobre como é dividido os recursos e quem são os principais entes responsáveis por essa divisão. Que em referência a essa divisão de recursos para a educação tem como principal norteador a Constituição Federal, no qual desde de 1934 que “pela primeira vez, instituiu a vinculação de recursos públicos à educação” (CARVALHO, 2016) delimitando o quanto a educação deveria receber dos recursos arrecadados de impostos pela União, estados, Distrito Federal e municípios. Recursos dos quais a União deve destinar de arrecadação de impostos para educação no mínimo 10%, os estados e DF 20% e por último os municípios que contribuem com 10%.
Além do que vem regulamentado pela CF/34 sobre os repasses financeiros para educação no ano de 1961 foi proclamada “a primeira Lei de Diretrizes e Base da Educação Brasileira, na qual se definiu o percentual de impostos de União de 12%”(CARVALHO, 2016) complementando já o que havia sido determinado na constituição.
Após diversas mudanças nas seguintes constituições foi promulgada as de 1988, que perdura até hoje, que instituiu pelo art. 212 mudanças no percentual de contribuição de União e entes federados, mudando de 10% para 18% da União e dos estados e municípios passaram para 25% o percentual de contribuição.
Além do que vem estipulado na CF e na LDB, a educação também recebe ajuda do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) que entra como um caráter suplementar na redistribuição dos recursos vindos para a educação, além de ser o organizador  dos programas de auxílio a educação como o do Livro didático (PNLD) e Dinheiro direto na Escola (PDDE) e do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) que é um fundo contábil no qual disponibiliza recursos vindos das vinculação dos impostos exclusivamente para a educação.
Em poucas palavra sobre esse breve resumo sobre os principais organizadores na redistribuição de recursos financeiros a educação brasileira, principalmente a básica, podemos dizer que a educação recebe sim um boa ajuda do governo, mas temos que parar para pensar que a falta de recursos não vem de uma deficiência, mas de uma provável má organização, gestão e fiscalização desse recursos.

Referências bibliográficas: 

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Versão atualizada. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm. Acesso em: 26 de junho de 2018.
            . Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Funcionamento. Disponível em:
            . Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Funcionamento. Disponível em:
<http://www.fnde.gov.br/financiamento/fundeb>. Acesso em: 26 de junho de 2018.
            . Lei nº 9.394 de 20/12/1996 e atualizações. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 26 de junho de 2018.
CARVALHO, Cristina Helena Almeida de. Financiamento da educação básica: estrutura atual e desafios futuros. In: ROCHA, Maria Zélia Borba, PIMENTEL, Nara Pimentel (Orgs). Organização da educação brasileira: marcos contemporâneos. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2016. P. 99 a 134.
A EDUCAÇÃO NÃO PODE SER MAIS UM NEGÓCIO 

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Maycon Patrick de Souza Santos
A educação a cada ano que passa se torna algo cada vez mais lucrativo, pesquisas recentes mostram que ensino particular presencial e a distancia vem se tornando algo cada vez mais valioso para quem investe. Programas de financiamento vão se tornando cada vez mais aparentes, mais explícito, o que por um lado é muito bom, mas por outro não tão bom. O que estamos tentando ver é que, com o passar dos tempos, a educação vem se tornando um negócio com visão única no lucro financeiro, ou seja, tornando a educação algo totalmente fora do foco, que deveria ser o beneficiamento do estudante acima de tudo, o estudante deveria ser é mais beneficiado quando o assunto tratado é educação. Houve uma reportagem em que foi constatado que alunos que usavam o FIES em muitas vezes estavam pagando o dobro da mensalidade, por exemplo: Um aluno que não usa crédito estudantil pagava 2000 reais de mensalidade, enquanto um aluno que utilizava crédito estudantil pagava 4000 reais de mensalidade. A instituição de ensino estava cobrando até 100% a mais dos estudantes que mais necessitavam,ou seja, um absurdo. Esse fato, sobre o financiamento estudantil, é a prova de que a educação está se tornando um puro negócio, onde o dinheiro tem que ser a primeira coisa a ser pensada pelos empresários.
Um programa muito interessante é o ProUNI, ótimo para quem utiliza dele, que o foco é para os cidadãos de baixa renda, porém, ao perceber de onde ele originou, gera uma certa indignação, o texto 5 da Unidade 1 diz o seguinte:

Como exemplo mais recente, podemos citar a Lei no 12.688 de 2012 que, entre outros objetos, em seu art. 3o, institui o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies), que tinha o objetivo de assegurar condições para a continuidade das atividades de entidades mantenedoras de instituições integrantes. A medida provisória que originou a lei ocasionou perdão de pelo menos 15 bilhões de reais em dívidas tributárias acumuladas pelas faculdades e centros universitários particulares e comunitários, que foram abatidos em 90% em troca de bolsas do Programa Universidade para todos (ProUni) – vale lembrar que as instituições federais de ensino superior estavam em greve na época em que a medida provisória que antecedeu a lei foi votada.(MELO, 2016, P. 153)

Portanto, em um país livre de tanta corrupção, desvio de dinheiro e problemas afins, esses 15 bilhões poderiam ter sido convertidos em faculdades públicas, em melhorias para as universidades existentes, em auxilio permanência a estudantes de baixa renda que estão em uma instituição pública de ensino, ou seja, esse dinheiro poderia ter sido investido de uma forma em que teria mais retornos educacionais.
Por fim, condeno cruelmente a forma como os grandes empresários estão tratando a educação hoje em dia, escapando um pouco do tema, da forma como os empresários estão tratando tudo, saúde hoje é meramente economia, o dinheiro está sempre falando mais alto, não se constrói hospitais focando no bem estar do paciente, se constrói hospitais focando no quão lucrativo ele irá ser, e assim está sendo com a educação, infelizmente.


A ARTE EM TODAS AS INSTÂNCIAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

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Ana V. Rabelo 

É sabido que os processos de desenvolvimento humano além de serem extremamente arrojados, agregam uma infinidade de complexidades e realidades pertencentes a cada indivíduo. Os princípios, medos, dogmas, valores, certezas e incertezas permeiam toda a construção humana, desde seu princípio até a sua morte. Vale retificar que tais perspectivas nos são colocadas desde a infância. O processo cultural pelo qual estamos inseridos, o país, cidade, família, que tipo de escola frequentamos e outras questões dizem muito a nosso respeito.
Dada essas circunstâncias, cabe neste momento um simples questionamento no tocante a existência ou não da arte nesse processo. De certo parece, num primeiro momento, descabido tal pensamento, afinal a arte não se baseia simplesmente as divisórias de uma faculdade, picadeiro, palco ou qualquer lugar aonde se “fazer arte” é “politicamente correto”. E ela existe por si só, desde os primórdios da sociedade e apontar o momento que ela se faz presente ou não, não é o caso.
Tomando como base o sistema bioecológico de Bronfenbrenner, que consiste em entender o desenvolvimento humano a partir de quatro pontos: “PPCT – Processo, pessoa, contexto e tempo” e a interdisciplinaridade artística defendida por Ana Mae criamos a partir de agora uma linha de pensamento que consiste em entender o desenvolvimento infantil a partir das referências e diálogos estabelecidos com as artes, seja ela, nesse primeiro momento, musical, plástica, cênicas e etc.
A fase do PROCESSO (PPCT), se dá nas interações recíprocas que acontecem de maneira gradativa, em termos de complexidade, entre o sujeito e as pessoas, objetos e símbolos presentes no seu ambiente imediato (Bronfenbrenner y Morris, 2006). Se olharmos esse parâmetro, podemos ver um momento perfeito para a inserção da arte. Se as interações devem ser recíprocas e de forma gradativa notasse aqui um terreno extremamente fértil para o jogo, para a brincadeira. O jogo por si só carrega uma gama de aprendizados, regras e possibilidades que de forma direta capacitam o ser humano no processo de desenvolvimento.
Abrindo espaço para a próxima fase, a PESSOA (PPCT), Bronfenbrenner reconhece a relevância de fatores biológicos mas aponta que as realidades de cada indivíduo são fatores de extrema relevância. Sob o âmbito da arte podemos elucidar tal situação da seguinte maneira. Digamos, em uma situação hipotética, que um determinado grupo de indivíduos possuiu desde a sua infância acesso a arte musical, plástica, cênica e costumam cotidianamente fazer diversas brincadeiras, participar de diversas atividades esportivas e fazer diversos tipos de danças. Entretanto, outro grupo não obteve tamanha dádiva. Sem sombra de dúvidas, o segundo grupo sairá perdendo, em questões condizentes a psicomotricidade, pensamento lógico, proatividade, tempo, ritmo, dentre outros. A arte mais uma vez é fator indispensável para o processo educativo da criança.
Por último, o CONTEXTO e TEMPO (PPCT) se destacam principalmente se olharmos a atual conjuntura social em que nos encontramos. O ambiente e tempo em que nascemos, vivemos e nos desenvolvemos dizem muito a respeito de quem somos e de que tipo de reverberações artísticas podemos conviver ou não. Se nascemos durante a ditadura militar ou no ano de 2018, isso diz muito a respeito de como enxergaremos tudo aquilo que nos cerca. Retifico, mais uma vez, que o processo de ensino-aprendizagem da arte é de suma para toda uma construção social.
O diálogo entre diversas áreas artísticas se faz necessário cada vez mais a partir do momento em que o próprio desenvolvimento humano não está fracionado. E isso se retifica na própria infância. Uma criança não pertence a um único modelo de aprendizado, ele não aprende exclusivamente brincando ou de forma tecnicista, este modelo monocentrico perde cada vez mais espaço para uma construção baseada na oportunidade de diversos saberes.

Numa perspectiva contemporânea de Educação, torna-se necessário e urgente o amadurecimento de propostas de ensino de teatro capazes de desenvolver as habilidades e competências necessárias ao exercício de cada um dos vários campos de atuação no teatro. (ARAÚJO, José Sávio Oliveira. Para além dos modelos monocêntricos)

Saliento que os desafios de se manter e/ou somar ainda mais a arte a todo o contexto social, é extremamente complicado. Mas que nós, sociedade de um modo geral não só educadores ou futuros educadores, compremos essa luta e nos coloquemos a frente das reais necessidades que diariamente nos são mostradas e que facilmente poderiam ser sanadas com muita arte.  Seja musical, plástica, cênica ou outra qualquer que se defina daqui para a frente, que a arte possa construir uma relação de ensino-aprendizagem com as crianças, futuro daquilo que almejamos muda.

Bibliografia:
* BENETTI, I. C. VIEIRA, M. L, CREPALDI, M. A. SCHNEIDER, D. R. Fundamentos da teoria biológica de Urie Bronfenbrenner. Pensando Psicologia.
* BARBOSA, Ana Mae – Interterritorialidade na Arte/Educação e na Arte. In Interterritorialidade – Mídias, contextos e educação.
*ARAÚJO, José Sávio Oliveira. Para além dos modelos monocêntricos. In. Revista Moringa – Teatro Dança.


INTERDISCIPLINARIDADE E O SEU DISTANCIAMENTO DA REALIDADE DO ENSINO BRASILEIRO 

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Felipe Albuquerque Marinho 

As diversas áreas do conhecimento científico e consequentemente acadêmico possuem as mais diversas conexões e interações entre si, o conhecimento atua nessa adição, cooperação e assimilação de algo que pertença a mais do que um campo de atuação, não atuam completamente isoladas em ilhas do saber, isto é um fato consolidado e não há muito a respeito disso a se questionar. Mas essas conexões e interações estão se utilizando de metodologias claras e efetivas no nosso campo de ensino aprendizagem? Será que não estão sendo negligenciados os métodos dessas conexões apenas para criar-se uma imagem positiva a avaliações externas e internas ?
É de notório saber que a especialização dos campos de atuação cientifica advinda do positivismo gerou cisões e divisões mais claras e manifestas das mais diversas áreas de conhecimento tais como: Química, Biologia, Geografia, Sociologia, entre outras. Quando analisamos a História os grandes pensadores clássicos eram dominantemente multidisciplinares pois o que se tinha de ciência em suas épocas determinava que os mesmos possuem conhecimento sobre vastas áreas em contraposto com os maiores cientistas da atualidade os quais tendem a serem gênios em campos específicos. Especialização foi nos útil para diversos progressos em larga escala mas também é claro que tal se refletiria na ensino aprendizagem futuramente
Com a unificação da base curricular e até mesmo com as demandas dos alunos modernos com o seu acesso rápido e continuo a informação ao redor do globo sobre os mais diversos temas, cada vez mais os professores são exigidos a demonstrar o reflexo de seus conteúdos e objetos de estudo na realidade, e como determinados objetos se conectam com as outras disciplinas que os mesmo estudam. Até este ponto não necessariamente isto é um problema e sim uma diferença cultural entre gerações, mas e quando essas exigências dos alunos são advindas de suas preocupações com a preparação para avaliações externas tais como o Enem, PAS e vestibulares nos quais o conhecimento dos diversos campos é de crucial importância, a capacidade de entender esses caráteres que transbordam as noções é necessária de ser desenvolta e não é algo de simples obtenção.
Seja pela linguagem aplicada, metodologia, ideologia ou outros fatores diversos, os alunos cada vez mais sentem dificuldade em se situar e compreender as contradições dos conteúdos ou afirmações entre diferentes disciplinas, ou com as tentativas descabidas e exageradas de conexão entre diferentes campos que efetivamente não existem necessidade ou viabilidade de conexão, certas práticas são únicas a determinadas ciências e não há problema nisto, ao não se respeitar as peculiaridades e tentar uma unificação são criados novos problemas, os “efeitos colaterais de um remédio” não podem ser mais danosos que uma doença, ao tentar se adaptar a todo custo a modernidade as soluções podem cair completamente neste tipo de situação.
Se adaptar as novas exigências e necessidades é um dos pontos cruciais para que a Instituição Escola e também as Universidades consigam exercer suas funções sociais de maneira mais efetiva e plena, apenas transmitir conhecimento não é mais suficiente e para superar esta barreira a Interdisciplinaridade tem papel primordial, sejam a partir de projetos multidisciplinares nos quais os conteúdos efetivamente ganham uso prático e precisam ser conciliados e agregados para que se haja uma execução minimamente razoável, ou até mesmo das avaliações conjuntas e de outros meios que possam ser executados desde que bem planejados.
A realidade é que será necessário o dialogo e a discussão nas mais diversas escalas entre os agentes envolvidos, sejam dos discentes e docentes ou também dos gestores e políticos, tanto no âmbito governamental quanto no privado é necessário que efetivamente seja posto em pauta a problemática e que seja trabalhada para que a Interdisciplinaridade seja mais tangível a nossa realidade, para que as metodologias sejam mais claras e a linguagem mais compreensível e assim o domínio dos mais diversos campos possa ser alcançado e tal fato nos proporciona avanço técnico cientifico e social.

ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS PÚBLICAS

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Mony Rayssa                     

No dia 27/09/2017, por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o ensino religioso poderia ter natureza confessional, ou seja, as aulas irão começar a ensinar apenas uma religião, onde cabe aos Sistemas de Ensino escolher qual irá abordar. A partir dessa nova proposta, a laicidade do Estado seria ferida, porém alegam que a matéria não será obrigatória, assim o aluno e os seus responsáveis terão direito de escolha.
A partir desta informação, dou início a discussão que se faz necessária, como que o Ensino Religioso será neutro tendo em vista que alguns de seus estudantes não concordam com aquilo que lhes é ensinado? Com isso a proposta que este ensino tinha no início, de apresentar as variadas religiões e ensinar a respeitá-las, não é tão efetuada. Quantas escolas terão material suficiente para aprofundar sobre certas religiões que são minorias no nosso país? Poucas, e é nesse momento que o aluno perde um maior conhecimento sobre elas.
Dificilmente o professor que for ensinar seus estudantes não irá tentar “catequizá-los”, ou agradará a todos. Ele deve apenas abordar o assunto de forma impessoal, fazendo com que o aluno tenha conhecimento necessário sobre a religião exposta. Os Sistemas de Ensino decidirão se é necessário que seus professores precisarão de um formação religiosa ou técnica.
Sabendo que o ensino religioso não é obrigatório, o que acontece com aqueles que não optarem por ter esta disciplina? Bom, a Escola organizará o que fará por tais alunos nesses horários vagos, pode até ser que mudem suas grades horárias. Porém, sabemos que muitas escolas não dão a devida importância aos seus estudantes, e estes poderão fazer o que quiserem durante este momento, e isso resultará em um grande descaso ou alunos obrigados (de forma indireta) a participarem da aula.
No site “Jota.info” o autor nos informa que há duas justificativas para entendermos sobre a oferta da disciplina de ensino religioso nas escolas públicas: primeiro, o ensino público objetiva a formar cidadãos autônomos, capazes de tomar decisões próprias a respeito de todas as dimensões que afetarão sua vida. Daí se segue que o ensino deve apresentar os fundamentos básicos de todas as ciências, para que o estudante se torne capaz de identificar seus melhores talentos e possa decidir suas carreiras profissionais. Mas o ensino público também deve formar cidadãos capazes de decidir a respeito de questões públicas, tornando-se aptos a votar e serem eleitos, discutir matérias de interesse coletivo e respeitar os direitos dos demais.
Diante disto, vemos que o ensino religioso vem a fazer com que o aluno pratique sua autonomia, aprendendo sobre as religiões e conseguinte saber sua postura sobre as religiões e/ou, se sentir à vontade, seguindo aquela que se identificar. Ou podem aprender a respeitá-las, dando espaço ás várias culturas que temos em nosso país.
Vê-se que com a nova lei, fica mais complicado fazer com que o que foi citado a cima se concretize. O aluno irá aprender sobre uma religião, o que faz com que seu conhecimento seja menor; os responsáveis que não concordarem com a religião ensinada não deixarão que o estudante a tenha, o que faz com que ele perca ensinamentos; as minorias que fazem parte de religiões menos reconhecidas irão se prejudicar bastante ao ver que as escolas não ás apresentam, a intolerância continuará no mesmo nível e por fim, ninguém sai ganhando com isso, a não ser aqueles que estão no poder e votaram para que isso fosse possível.




INTERDISCIPLINARIDADE, INTERAÇÃO E INVESTIMENTO

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João Paulo de Souza Brito

A Interdisciplinaridade dentro do ensino brasileiro apresenta-se de maneira mitificada, pois d’esfacela o real estado da educação brasileira. Uma integração maior entre as disciplinas que abrangem ao mesmo assunto, é de grande ajuda porque além de auxiliar no ensino e na aprendizagem, pode trazer mais interesse por parte do aluno. Entretanto, ao mesmo tempo em que as redes de ensino possuem a liberdade para fazê-lo não possuem os subsídios tanto materiais quanto de capacitação teórica e prática.
Como em outras diversas ocasiões correlacionadas a educação, essa interdisciplinaridade atualmente acontece muito baseada em professores com bom senso, e que na escola certa, com a gestão correta conseguem integrar suas disciplinas. Pessoalmente eu fui agraciado com esse conjunto atributos e pude participar de algumas atividades que integravam disciplinas, como em um trabalho onde foi pedida a leitura do “Manifesto do Partido Comunista” (Marx, 1998), e sendo cobradas uma resenha, para a disciplina de Português, e uma prova contendo as questões relacionadas ao texto e ao contexto estudado em sala das disciplinas de filosofia, sociologia, história e geografia. Nesse caso, penso que todos se esforçaram pela importância da avaliação e ao fim, conseguiram construir um pensamento muito mais integrado sobre o que foi estudado. Um bom exemplo do que tem sido feito atualmente.
Contudo, penso que para que haja uma interdisciplinaridade, deve haver um padrão, não para agir como regulador dessa integração, mas soando como um conjunto de sugestões de diretrizes, como atividades a serem seguidas pelas mesmas disciplinas, obras a serem trabalhadas em conjunto, conteúdos programáticos que interagem, provas contendo questões de disciplinas diferentes com os mesmos textos bases, enfim, algo que norteie aos professores e também aos gestores, como seguir ensinando e integrando suas matérias. Para tanto, uma interação maior também entre as escolas e as redes de ensino, visando compartilhar projetos e atividades inovadoras, ampliando os ganhos, difundindo boas ações.
Ao tratar da interdisciplinaridade, penso de outros problemas dentro da escola vem a mente outros problemas, e que neste caso, me chamam muita atenção tanto a falta de capacitação dos profissionais da área, quanto no sucateamento das instalações e ferramentas da educação. Talvez o principal debate, antes de se falar de interdisciplinaridade nas escolas, seja debater como estão as nossas escolas e como estão nossos professores. Há tempos que nossos profissionais que, mesmo mal remunerados, desmotivados e sem condições de inovar, vem fazendo milagre, e para o implemento da interdisciplinaridade de maneira satisfatória a valorização dos profissionais e as melhorias das estruturas são essenciais, dando o que lhes são necessários para se desenvolverem e desenvolverem a educação.


A RACIONALIDADE NEOLIBERAL MOLDANDO A EDUCAÇÃO E O TRABALHO 

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Lucas Garcia Dantas

A Racionalidade Neoliberal está tomando um papel importante na Educação como um todo, desde a Educação Básica até a Educação Superior. Desde crianças de 5 anos que estão sendo submetidas ao 'coaching' infantil para desde pequenos já aprenderem a ser competitivos e se preparar melhor para o mercado de trabalho. Isso passa por toda extensão dos Ensinos Fundamental e Médio ao passar pela competição das provas que avaliam o 'conhecimento' como é o vestibular e o ENEM para o ingresso no Ensino Superior.
 Já após a conclusão do Ensino Superior também há uma grande dificuldade em arrumar emprego, pois vivemos nessa racionalidade neoliberal, que leva os indivíduos à uma competição desenfreada, isso gera que os chefes façam as pessoas ficarem mais tempo no trabalho, e para estar sempre atualizando seus conhecimentos, se não, você pode ser facilmente substituído por outro, e isso também tem uma forte influência na Educação, como por exemplo, os professores passam mais e mais tarefas para adquirir cada vez mais conhecimento mas 'esquecem' que há outras disciplinas, há trabalho, cuidar dos filhos e outras coisas a se fazer, e não apenas estudar, e como é difícil conciliar todas essas coisas, há também os casos das alunas que são mães, e têm que lidar com uma tripla jornada de trabalho, nestes casos é ainda mais difícil (pra não dizer impossível) conseguir conciliar tudo.
Essa racionalidade neoliberal acaba gerando grandes problemas para a Educação de um modo geral como já dito criando uma competição entre os indivíduos, gerando uma individualidade e fazendo com que eles tenham que adquirir cada vez mais conhecimento. Há casos de escolas de Ensino Fundamental e Médio que utilizam CNPJs diferentes, sendo um deles apenas para os alunos considerados 'bons' do ponto de vista acadêmico, somente para que essa escola apareça em uma posição melhor no Ranking de Desempenho por Escolas, gerando uma exclusão entre os próprios alunos, contrariando a função social da escola que deveria ser um lugar de inclusão. Com esse constante processo de obtenção de sabedoria, seja no trabalho ou no estudo isso gera um cansaço físico e psicológico nos indivíduos, gerando stress e até mesmo estafa. Os estudantes sofrem uma pressão psicológica para obter sucesso escolar, e principalmente no Japão, aqueles que não conseguem estes méritos são tratados com desdém por toda a sociedade e até por sua própria família e por si mesmo, tamanha é a pressão existente sobre esses indivíduos, muitos entram em depressão e acabam sofrendo diversos problemas psíquicos, pelo fato de não se adaptarem à esse sistema competitivo
Essa racionalidade neoliberal exige que estudantes estudem em tempo integral, como é o caso dos alunos da UnB, e isso faz com que acabam se privando da possibilidade de trabalhar ou de fazer estágios por exemplo, ou se não privam, acabam tendo que modificar o horário ou até abdicar de algumas disciplinas para conseguir trabalhar, pois muitos também têm que trabalhar para conseguir pagar o Ensino Superior, que não é barato, e se acaba sendo demitido não consegue dar continuidade ao curso. Lembrando ainda que muitos alunos não têm dinheiro para custear as refeições, que já são caras, e no caso da UnB, ainda mais com o aumento do RU e também das passagens do transporte público (mesmo que com o Passe Livre Estudantil, que por muitas vezes é falho, e falha ao fornecer a expansão de passagens necessárias, exigindo que o aluno pague do próprio bolso). Com essa racionalidade moldando todo o mundo, isso rege aquele preceito de 'Tempo é Dinheiro' e o tempo perdido com a locomoção, por exemplo, onde os alunos demoram 2 horas ou mais para chegar na faculdade e mais 2 horas para voltar, inviabilizando ainda mais que esses alunos consigam trabalhar. Ainda há o fator de que o aluno que não trabalha é visto por maus olhos perante a sociedade pelo simples fato de não trabalhar.
Como já evidenciado ao longo do texto, a razão neoliberal promove a individualidade e é baseada em um sistema de meritocracia e isso é prejudicial para a Educação como um todo, pois exclui uma possibilidade de uma real análise da situação social individual e dos grupos estudantis e suas condições financeiras. Então pra evitar uma competitividade desnecessária entre os alunos e o julgamento a partir de um critério, como um vestibular que abrange todas as disciplinas, que não analisa o todo, excluindo a parte social, é necessário que essas avaliações de ingresso no Ensino Superior sejam feitas de forma diferente como por entrevistas com os candidatos ou até mesmo por meio de uma prova específica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NETO, Filinto Jorge Eisenbach; CAMPOS, Gabriela Ribeiro De. O impacto do Neoliberalismo na Educação Brasileira., Curitiba, ago. 2017. Disponível em: <http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/24420_12521.pdf>. Acesso em: 03 jul. 2018.
ANDRADE, Daniel Pereira; OTA, Nilton Ken. Uma alternativa ao neoliberalismo: Entrevista com Pierre Dardot e Christian LavalTempo soc., São Paulo, v. 27, n. 1, p. 275-316, jan./jun. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext>. Acesso em: 03 jul. 2018.

REPENSANDO O ESPAÇO EDUCACIONAL 

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José Lucas Estrela Xavier 

O sistema educacional atual, tanto da universidade quanto do ensino básico, é baseado em padrões antigos e ultrapassados se formos pensar na sociedade atual, uma vez que esses locais não são “adequados” para o ensino, gera-se uma certa controvérsia quando tratado sobre o porquê e o para que da educação. Utilizando da obra de Michel Foucault, trataremos do espaço físico educacional, para depois tratarmos em seu âmbito teórico.
Tanto as escolas quanto as universidades, seguem um padrão desatualizado se comparados a sociedade atual, mas se pode colocar a questão, qual seria o motivo pelo qual esse sistema se mantém? O espaço educacional é cercado pelas mais diversas técnicas, disciplinas para que se possa ter uma organização dos corpos “a disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados” (Foucault, 2009: 133). Todo esse espaço então seria dividido para que se possa exercer tal disciplina sobre os corpos, utilizando técnicas distributivas para tal, primeiramente a divisão de espaço, muros, salas, filas, turmas, entre outros. Essa distribuição de corpos dentro de um espaço cria uma arquitetura funcional e complexa do espaço, criando assim uma técnica na qual se permite monitorar e vigiar tais corpos. Essa divisão, de acordo com Foucault, permite o controle de todos de maneira simultânea, uma vez que sabe-se onde encontrar e como comunicar com todos esses indivíduos, gerando assim uma economia no tempo de aprendizagem, uma vez que todo espaço é dividido para que o corpo seja mais útil e obediente, isso tanto na questão de espaço quanto na divisão do controle da atividade, se tratando tanto de horários, articulação entre o corpo-objeto, fazendo que o corpo -que é docilizado- tenha uma melhor relação com objeto, para que com isso também haja uma economia de tempo e energia.
Toda essa arquitetura funcional que é montada, pretende uma melhor economia de tempo e aprendizagem do aluno, fazendo com que todos estejam dentro dessa grande máquina, isso faz com que o aluno seja “colocado” dentro de determinado quadro, onde sua individualidade é retirada, pelo fato de que são tratados de mesma maneira, tratados de forma “igual” sem levar em consideração suas particularidades.
A política educacional se articula ao contexto internacional, a agentes financiadores, que tem como objetivo a geração de mão de obra, essas não visam a educação como formação do ser, estimulando o raciocínio critico, em geral, não estão interessadas em uma educação emancipadora e sim em uma educação empresarial, voltada para o mercado, em mão de obra especializada, por isso órgãos empresarias investem em educação, para que essa possa gerar um retorno futuramente. A reforma do ensino médio vem muito bem demonstrar isso, uma vez que retira matérias como filosofia, sociologia, história entre outras, que são fundamentais para criação e estimulação do raciocínio crítico do aluno, deixando apenas português e matemática como matérias obrigatórias, implementando uma lógica totalmente empresarial, uma vez que essas dão suporte monetário para tais mudanças “as políticas educacionais sob a ótica do neoliberalismo têm reforçado a concepção da escola como instituição simples, capaz de ser controlada e gerenciada a partir de uma lógica de gestão por e para resultados.” (Girotto, 2018: 17).
Com isso, é possível responder a pergunta que é feita no início do texto -qual seria o motivo pelo qual esse sistema se mantém?-  uma vez que esse sistema é ainda útil e gera resultados, economicamente falando, um modelo que impõe diversas regras, punições, hierarquizações, divisões de horários, divisões de espaço entre diversos outros aspectos fazendo com que o ambiente escolar torne-se gerador de resultados, aperfeiçoando os alunos para que sejam mais eficazes e produzam mais em menos tempo, controlando suas ações e vigiando seus afazeres, remetendo bastante ao modelo fordista de produção. Tal modelo educacional, baseado em uma ótica empresarial tem como objetivo a geração de resultado e de retorno de seu investimento.
É necessário então uma reformulação do espaço educacional em si, um modelo que tenha como prioridade o aluno, seu desenvolvimento não só intelectual, mas desenvolvimento como ser humano, levando em consideração todas suas particularidades e conseguindo atender a todas essas, que seja capaz tanto de conviver mas também de um melhor desenvolver da sociedade como um todo O discente teria um papel fundamental dentro desse novo modelo, uma vez que esse seria o mediador entre os conhecimentos, tanto aqueles que serão passados dentro da escola quanto aqueles que vem de fora desta, que estimulem a curiosidade do aluno, adaptando-se a esses, um sistema educacional orgânico, capaz de se regular por si e para si.

Referências Bibliográficas:
-FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Editora Vozes. Rio de Janeiro, 2009.
-GIROTTO, Eduardo. Entre o abstracionismo pedagógico e os territórios de luta: a base nacional comum curricular e a defesa da escola pública. Horizontes, 2018.

SAÚDE MENTAL NA UNIVERSIDADE: POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA UM PROBLEMA INVISIBILIZADO 

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Thaynara Cristina Pinheiro 

Dentre muitos tópicos problemáticos que afligem a realidade universitária Brasileira, é possível perceber que a Saúde mental dos alunos, que em grande parte tem se deteriorando no percurso acadêmico, é tratada com pouca relevância.

          Muitas vezes o contexto da universidade é de um ambiente excludente, meritocrático, competitivo, sem a presença da solidariedade e de grupos de apoio. Esse ambiente contribui para um afastamento social do aluno, gerando uma solidão que não deve ser vista como escolha pessoal e sim como uma consequência da vivencia na universidade. É importante ressaltar que a solidão que os estudantes enfrentam na universidade é um grande fator de risco para a saúde mental.
          Não são todos os alunos que conseguem obter sucesso em todos os conteúdos trabalhados, logo, o fracasso acadêmico e as frustações são acontecimentos que podem ter uma repercussão muito negativa na autoestima dos estudantes. Esses são outros motivos que deixam claro a necessidade de um acompanhamento psicológico dos alunos dentro da Universidade.
          Tendo em vista a preocupação com o bem-estar dos alunos é necessário que ocorra uma discussão acerca do sofrimento mental e da exclusão na vida universitária, que levaria ao agravamento de tal sofrimento. Essa discussão direcionará a instituição para estratégias que ajudem a formular um projeto de saúde mental que inclua e acolha os alunos, considerando que um dos principais agravantes dos problemas de saúde mental é a solidão que os jovens enfrentam diariamente nos Campus.
          O debate sobre saúde mental deve se aprofundar teoricamente e levar a intervenções praticas, tendo atenção especial aos alunos calouros que estão iniciando essa nova etapa da vida e precisam ser acolhidos de forma responsável pela instituição, respeitando todas as características sociais e culturais desses alunos.
          Uma proposta de Universidade acolhedora e inclusiva levaria em conta a adoção de uma série de atitudes como: o estimulo ao fortalecimento da comunidade universitária; opções de lazer (culturais e sociais); uma maior compreensão das situações de distúrbios psicológicos e propostas de ações que estimulem o bem-estar psicológico. Além disso, é necessário que a universidade esteja aberta para a sociedade, reconhecendo os problemas que afligem o indivíduo e tentando buscar orientações inovadoras para trabalhar melhor todos os tipos de conflitos. A ocorrência de sofrimento mental está intimamente relacionada com as questões de exclusão social e desvantagens socioeconômica, logo a Universidade inclusiva precisa ter sensibilidade para problemas sociais e culturais.
          A universidade, como espaço público, possui uma grande responsabilidade social. Ela precisa ter voz ativa, além de contribuir com o desenvolvimento social, cultural e psicológico dos alunos, incentivando a ética, a solidariedade e a resolução de problemas através da educação universitária, ajudando os alunos a procurarem o bem da comunidade e participarem de experiências coletivas, para aumentar a consciência da interdependência social.


A REALIDADE INVENTADA

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                    Dáffiny Isis Pereira Lopes

A escola genérica é monótona e não ensina a viver. A escola repetida é "medieval” e não renova saberes. A escola sem cor e sem vida não educa e nem é educada.  A escola dos prazeres está bem distante dos olhos futuristas de alunos e alunas.
A verdade é que o capital sempre foi o começo e o fim, já a educação o último recurso. Tudo isso está interligado, a alienação do saber como forma de lucro para o mercado sempre foi o "xeque mate" dessa sociedade alienada. O lúdico e o imaginário é fictício, enquanto o conteúdo pragmático e obrigatório é a mudança real.
Como mudar o coração corrompido de uma educação planejada para o mercado? A resposta é pertinente, e muitas vezes inalcançável. Mas a esperança sempre aparece em horas como essa. Educar uma vida para a vida é desperdício, mas alienar uma vida para a vida é lucro. O ato de alienar para o capital é o meio certo para o sucesso, mas o que falar da educação? Ela é esquecida e desvalorizada, como ensinar para a vida sem se preparar para ela? Procuro a resposta através dos muros da escola. Muitos se perguntam "Estudar pra quê?" Eu também me faço essa pergunta, mas tento procurar os motivos: trabalho? diploma? estabilidade financeira? orgulho? conhecimento?...
Os motivos são finitos.
Agora se reformular a pergunta para "Estudar pra vida pra quê?" É mais impactante. Mas que vida é essa que me espera? A vida não é só estudar, é claro. Mas é garantir a experiência, formar e educar. Educar para a formação de um ser pensante que sente e que entende que a vida não é só isso. No livro "Pedagogia da autonomia", Paulo Freire diz que "A autonomia enquanto amadurecimento do ser para si, é processo, é vir a ser.” Esse processo é gradual mas é necessário.
 A vida está além de criar cabeças moldadas para o mercado escravo. Segundo Herbert Spencer, um filósofo britânico, afirmou que "A Educação deve formar seres aptos para governar a si mesmos e não para ser governados pelos outros." Sem mais fantoches na vida acadêmica e fora dela também. 
A escola é isso... é ensinar que o passado e o presente pode fazer parte de um futuro inventado, mesmo que esse futuro inventado seja distante, mas que o protagonismo juvenil seja opção de uma mudança indispensável.
A FORMAÇÃO DOS LICENCIADOS NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS E SEU REFLEXO EM SALA DE AULA

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                                                             Yuri Rodrigues Alves 

Neste ensaio gostaria de expressar a minha opinião baseada em experiências próprias e a visão de alguns autores referente a formação dos profissionais da área da educação feita pelas universidades públicas brasileiras, com foco na Universidade de Brasília.

            Para que um graduando se forme em um determinado curso, ele deverá cumprir as matérias obrigatórias, e se a habilitação for licenciatura, ele terá de cursar as matérias referentes ao campo do ensino. No curso de licenciatura em Física na UnB, o aluno deve tem de cursar as seguintes matérias: Didática Fundamental, Fundamentos de Desenvolvimento e Aprendizagem, Língua de Sinais Brasileira – Básico, Organização da Educação Brasileira e Psicologia da Educação. Além de serem somente 5 disciplinas, o que ao meu ver representa um número pouco significativo, as mesmas são muito direcionadas para um idealismo platônico, portanto o conhecimento e experiências são transmitidos de maneira quase ou totalmente teórica, formando licenciados que sabem muito na teoria, mas suas práticas em sala de aula são praticamente inexistentes.
            Os programas/projetos que nos providenciariam experiências em sala de aula, como por exemplo o PIBID, que de acordo com o Portal do MecO objetivo é antecipar o vínculo entre os futuros mestres e as salas de aula da rede pública. Com essa iniciativa, o Pibid faz uma articulação entre a educação superior (por meio das licenciaturas), a escola e os sistemas estaduais e municipais.”. Se analisarmos este objetivo com base em Piaget, seria uma proposta muito interessante para o aprendizado do graduando, já que ele “agiria sobre o objeto” o propondo experiências no campo educacional. O grande problema é a falta de recursos e investimentos para fazer com o PIBID cresça e se expanda nas universidades brasileiras, na Universidade de Brasília por exemplo, no período atual (1º semestre de 2018) o mesmo se encontra praticamente extinto devido a crise financeira que a universidade enfrenta, e o reflexo disso será sentido na própria educação nos próximos anos com professores pouco preparados para a prática docente.
            Seria interessante até para o próprio governo o aumento nos investimentos como no projeto citado, já que traria um retorno positivo em futuras provas e pesquisas estatísticas como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Com o crescimento da quantidade de disciplinas obrigatórias junto ao PIBID, a educação seria beneficiada com professores bem preparados para a entrada no mercado e, portanto, na sala de aula. 

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://portal.mec.gov.br/pibid > Acesso em 01/07/2018.
PIAGET, JEAN. Seis Estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2015.








A EDUCAÇÃO ENQUANTO DIREITO INALIENÁVEL 

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                                                                                            Luciano

A educação se compreende como Direito Social e é de suma importância entendermos que ela se encontra em conjunto também com outros direitos que também são importantes. O Direito Social se encontra em nossa Constituição Federal no seu Art. 6º, junto com a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.
No Art. 205: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
A Educação é um direito público subjetivo, portanto, é um direito intrínseco da pessoa, ou seja, pertence ao indivíduo a manifestação de postular ou reivindicar um direito a um serviço, atendimento, reclamação de conduta e outros feitos negativos cometidos por representantes do Poder Público, logo, a falta de acesso à educação e índices altos de analfabetismo incorrem da responsabilidade do estado e devem ser cobradas medidas cabíveis a essa situação.
É importante entender a dimensão histórica da educação e sua restrição a determinadas classes.  Ao ser universalizada para todas as camadas e normatizada como direito, possibilitou também novas construções de espaço para a participação da sociedade na política, entretanto, esse direito foi conquistado por diversas lutas e é necessário um posicionamento critico quanto a todas as medidas que incorrem para a mudança desse tão frágil direito.
Existe uma luta constante para a manutenção de um estado de direito, onde por conta da invisibilidade, não se entende a violação continua desses direitos. Essa invisibilidade se dá na medida em que os deveres do estado são tratados como responsabilidades exclusivas do indivíduo logo existe uma moralização e culpabilização do indivíduo quanto ao que é uma falha do estado, o analfabetismo por exemplo é visto como falha da pessoa e não das diversas problemáticas envoltas da educação, como por exemplo, o acesso e a permanência entre outras.
A educação é um meio que permeia diversas camadas e ela se dá também enquanto um processo, afinal, ela está sempre acontecendo e nunca finalizado, ela muda vidas e cria possibilidades e estimula o desenvolvimento do ser humano. Entretanto, falar de educação pode se tornar abstrato, afinal, o que é educação ou qual concepção de educação estamos abordando? Creio que a educação tenha que ter como proposta a liberdade e emancipação e que compreenda a diversidade do mundo e suas diferenças, não para se excluir mas acrescentar.  A educação como processo deve ser sempre pensada para incluir as mais diversas culturas diferentes e enquanto direito deve ser resguardada.


QUAIS AS CAUSAS DA EVASÃO ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO E COMO EVITÁ-LA.

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                                                                             João Victor Gomes Maciel 

      Um dos grandes desafios da educação brasileira, sem duvida nenhuma é a evasão escolar com números expressivos em todos os níveis, com o ensino médio tendo os maiores números. Oque é prejudicial a juventude brasileira, já que o ensino médio, é a base para o ingresso ao ensino superior. Devido a essa problemática, o ensino médio será o foco dessa analise, que virá com propostas para reduzir a evasão do ensino médio.
      No último ano o Ministério da Educação (MEC) soltou uma pesquisa afirmando que as duas maiores taxas de evasão, são na primeira e na segunda serie do ensino médio, com 12,7% no primeiro ano e 12,1% no segundo ano, já no terceiro ano do ensino médio o numero de evasão é de 6,7%. No total contabilizando 11% de evasão durante o ensino médio, porcentagens não muito altas a uma primeira vista, mas quando nos vemos que a primeira meta do Plano Nacional de Educação (PNE) já falhou, a meta era de que até 2016 100% dos jovens de 15 a 17 anos deveriam estar na escola, e até 2024 85% dos jovens de 15 a 17 anos deveria estar no ensino médio.
       O problema é de fácil percepção, mas porque o problema existe? Oque causa esses problemas, por que os adolescentes estão evadindo das escolas? As escolas com maiores números de evasões são nas escolas de áreas rurais, esse fato já nós mostra oque acontece com a maioria dos alunos evadidos, já que um dos maiores fatores de evasão é a necessidade de se integrar mais rapidamente no mercado de trabalho, para pode ajudar nas despesas de casa. Outro fator que influencia diretamente no índice de evasão, é a falta de interesse no curso e de perspectiva de contribuição de conclusão do ensino médio, o jovem muitas vezes tenta concluir somente para poder colocar no currículo, e facilitar sua entrada no mercado de trabalho, acaba que o jovem que não vê muita perspectiva e já está desanimado, acaba perdendo totalmente o interesse em concluir o ensino médio, e abandona o mesmo ou então migra para o programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
      Logo surge a duvida, como solucionar esses problemas? A evasão em área rural talvez seja muito difícil, pois os pais na maioria dos casos trabalham na fazenda e tudo isso envolve prazos, no campo existe a época do plantio, a época da colheita, tudo isso já influência no aprendizado do aluno, o governo já deve pensar em planos, para os alunos não serem penalizados por terem de ajudar suas famílias nessas épocas, já para alunos que vivem em uma situação de vulnerabilidade socioeconômica, o governo deve proporcionar politicas de assistencialismo, como por exemplo, a compra de produtos da agricultura familiar, firmando um convênio com essas famílias e fazendo assim que seus filhos continuem na escola.
   Para o segundo problema, o governo deve desde o inicio da vida escolar do jovem incentiva-lo a prestar o ensino superior, para que ele veja o ensino médio como uma etapa antes do ensino superior, não como uma etapa final para tentar a sorte no mercado de trabalho. Além de reformar o currículo do ensino médio para torna-lo mais interessante pro jovem, até mesmo para o jovem que pensa em concluir o ensino médio para o mercado de trabalho, isso aconteceria com a educação que técnica, talvez um dos poucos pontos positivos da reforma do ensino médio, mas ainda reitero o jovem hoje em dia deve ser orientado para o ensino superior, já que a maior parte dos jovens que evadem das escolas são jovens pobres de escola publica, deixando assim de ocupar o espaço na universidade.

A IMPLANTAÇÃO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL. QUAIS AS DIFICULDADES?
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                                                                   Beatriz Abreu Ramos   
                                                                            
 No dia 26 de maio de 2018 foi publicado uma proposta que permite que os ensinos fundamentais e médios possam ser feitos 40% da sua carga horaria a distância (EAD), e que o EJA (educação de jovens a adultos) e a educação especial sejam realizadas em à distância. Tal proposta está em análise pelo CNE (Conselho Nacional de Educação), ainda não tendo um consenso pois a diversidades de opiniões.
            Essa flexibilização do ensino a distância na educação básica pode ser oferecida para casos específicos, como:  por motivos de saúde, estejam no exterior, vivam em localidades de difícil acesso, na situação de privação de liberdade ou simplesmente por estarem matriculados no ensino fundamental anos finais e que estejam em situação de privatização das ofertas das disciplinas que o currículo escolar obriga. Essa opção também fica em aberto para o ensino médio. Essa pratica do ensino a distância caberá a regulamentação pelos Estados e Municípios para autorizar o funcionamento do mesmo, já nas escolas federais tal decreto permite que a instituição de ensino avalie o quadro de necessidade.
            No entanto existe problemas que para incorporar o ensino a distância e faze-lo eficaz, pois seria necessária a implantação de tecnologias modernas e nesse contexto o brasil precisa ter um grande avanço na qualidade de infraestrutura nas escolas, incluindo um acesso à internet de forma adequada.
            Com a implantação de EAD nas escolas terá uma grande perda de cultural entre os alunos e professores, pois terá uma grande diminuição do convívio entre os estudantes, tendo uma perca de trocas culturais que se faz necessário para o crescimento e amadurecimento de crianças e jovens do brasil, por der um pais rico culturalmente. Podendo utilizar como exemplos a universidade onde vem ocorrendo uma explosão deste tipo de ensino nos últimos anos, algo que não é necessariamente positivo,  temos dois lados da moeda: a facilidade de ofertar os cursos para alunos que possuem dificuldade de locomoção por morarem em regiões remotas, e também um nível de ensino com menos participação do aluno em atividades práticas se comparado ao presencial, sem contar as diversas possibilidades de socialização do conhecimento que é perdida ao estudar sozinho em frente a um computador. Dessa forma pode-se pensar a implantação em EAD no ensino básico um risco de formar indivíduos que posteriormente terão dificuldades em se adaptar ao mercado de trabalho e ensino superior, tento uma perda de socialização.
Atualmente tem-se diversas dificuldade apresentadas pelo na formação dos alunos, logo se havendo a implementação do ensino em EAD, a qualidade do ensino das escolas públicas poderá cair mais, pois o Brasil não tem nenhum preparo físico, dos professores e até mesmo das próprias famílias dos alunos para que haja acompanhamento adequado e efetiva para esses alunos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

EDUCAÇÃO: MEC libera que alunos do ensino fundamental tenham aulas à distância Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2017-05-26/ead.html. 1. 2017. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2017-05-26/ead.html>. Acesso em: 30 jun. 2018.
TENENTE, Luiza; FAJARDO, Vanessa. Educação : Medida em debate no CNE pode permitir que ensino médio tenha até 40% das aulas a distância. 1. 2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/educacao/noticia/medida-em-debate-no-cne-pode-permitir-que-ensino-medio-tenha-ate-40-das-aulas-a-distancia.ghtml>. Acesso em: 28 jun. 2018.






A CULTURA NA EDUCAÇÃO: CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE                                                                    ...