OS CORTES NA EDUCAÇÃO E SUA PRINCIPAL CONSEQUÊNCIA: O SUCATEAMENTO
Rayla Gabriele Ribeiro
Alves
Os problemas sociais vêm sempre
acompanhados do pensamento de que a educação é a melhor estratégia para
resolvê–los. Isso se deve ao fato de que, as grandes potências mundiais dão um
valor notável à educação, o que equaciona as mais variadas questões. Porém, o
que se tem visto atualmente no Brasil, é exatamente o contrário. Não são poucos
os exemplos dos grandes equívocos cometidos diante da atual crise sem
precedentes. E, dentre as áreas que mais têm sido afetadas, encontra-se a
educação, a qual tem enfrentado cortes brutais em seu orçamento.
Na tentativa de equacionar os problemas
gerados pela crise, cortaram-se recursos em áreas essenciais no que diz
respeito ao aumento social. É a educação que a cada dia tem sofrido um golpe
covarde em seu orçamento. A principal consequência é, obviamente o seu
sucateamento. Os estudantes têm vivenciado essa situação bem de perto. E não
somente eles, mas todo o conjunto acadêmico tem vivenciado essa dura realidade.
Na universidade de Brasília, por exemplo, há a demissão dos funcionários
terceirizados, o que gera a falta de manutenção dos seus espaços físicos. Não é
incomum andar pelos seus corredores e encontrar banheiros interditados e áreas
que enfrentam um verdadeiro abandono. A alimentação dos estudantes na
universidade também está comprometida: o valor da refeição teve um aumento
aprovado, o qual mais dobrou. E, a qualquer momento a notícia pode de fato, ser
concretizada, pois o informe é que ele seria aplicado nos próximos
dias. Todo esse caos tem enfrentado a resistência do movimento estudantil, que procura soluções para que esse
pesadelo tenha fim. Os professores e técnicos também se encontram.
É lícito que ressaltar que não é
somente a instituição de nível superior que tem visto a situação de perto. As
instituições de educação infantil também são alvos de sucateamento. Para se ter
noção, falta até mesmo o lanche escolar. Escolas de ensino fundamental não têm
suporte para promover educação de qualidade. Há ainda, o agravante do ensino
médio, que além de não oferecer o ensino básico, está sendo ameaçado de sofrer
o aumento do sucateamento com a sua reforma.
Para fins de conclusão, é nítido que o
corte na área da educação é um grande equívoco. Fragilizar a área que pode
oferecer soluções para os problemas sociais é sinônimo de querer permanecer no
atual cenário onde se está. Aplica-se a este texto o pensamento de John Dewey¹
: “A educação não é preparação para a
vida; a educação é a própria vida”.
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