sexta-feira, 31 de maio de 2019

OS CORTES NA EDUCAÇÃO E SUA PRINCIPAL CONSEQUÊNCIA: O SUCATEAMENTO 
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                                                                                                      Rayla Gabriele Ribeiro Alves

Os problemas sociais vêm sempre acompanhados do pensamento de que a educação é a melhor estratégia para resolvê–los. Isso se deve ao fato de que, as grandes potências mundiais dão um valor notável à educação, o que equaciona as mais variadas questões. Porém, o que se tem visto atualmente no Brasil, é exatamente o contrário. Não são poucos os exemplos dos grandes equívocos cometidos diante da atual crise sem precedentes. E, dentre as áreas que mais têm sido afetadas, encontra-se a educação, a qual tem enfrentado cortes brutais em seu orçamento.
Na tentativa de equacionar os problemas gerados pela crise, cortaram-se recursos em áreas essenciais no que diz respeito ao aumento social. É a educação que a cada dia tem sofrido um golpe covarde em seu orçamento. A principal consequência é, obviamente o seu sucateamento. Os estudantes têm vivenciado essa situação bem de perto. E não somente eles, mas todo o conjunto acadêmico tem vivenciado essa dura realidade. Na universidade de Brasília, por exemplo, há a demissão dos funcionários terceirizados, o que gera a falta de manutenção dos seus espaços físicos. Não é incomum andar pelos seus corredores e encontrar banheiros interditados e áreas que enfrentam um verdadeiro abandono. A alimentação dos estudantes na universidade também está comprometida: o valor da refeição teve um aumento aprovado, o qual mais dobrou. E, a qualquer momento a notícia pode de fato, ser concretizada, pois o informe é que ele seria aplicado nos próximos dias. Todo esse caos tem enfrentado a resistência do movimento estudantil, que procura soluções para que esse pesadelo tenha fim. Os professores e técnicos também se encontram.
É lícito que ressaltar que não é somente a instituição de nível superior que tem visto a situação de perto. As instituições de educação infantil também são alvos de sucateamento. Para se ter noção, falta até mesmo o lanche escolar. Escolas de ensino fundamental não têm suporte para promover educação de qualidade. Há ainda, o agravante do ensino médio, que além de não oferecer o ensino básico, está sendo ameaçado de sofrer o aumento do sucateamento com a sua reforma.
Para fins de conclusão, é nítido que o corte na área da educação é um grande equívoco. Fragilizar a área que pode oferecer soluções para os problemas sociais é sinônimo de querer permanecer no atual cenário onde se está. Aplica-se a este texto o pensamento de John Dewey¹ : “A educação não é preparação para a vida; a educação é a própria vida”.

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