sexta-feira, 31 de maio de 2019

VISIBILIDADE DAS ESTUDANTES MÃES 

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Fabíola Campos de Andrade Santos 

Ser Mãe te emancipa?

Na obra Pedagogia do Oprimido (2002) FREIRE indica e defende uma pedagogia emancipatória, visando a libertação em vários aspectos, cidadania e intelectuais. “ Só faz sentido se os oprimidos buscarem a reconstrução de sua humanidade e realizarem a grande tarefa humanista e histórica dos oprimidos- libertar a si e aos opressores.”(FREIRE, 2002, P.30).
E como almejar uma educação autônoma, enquanto ainda negligenciamos nossas crianças no ambiente acadêmico, sim, crianças não estudam em faculdades, porém devemos nos atentar que elas nos permeiam e acabam nos tornando comum apaga-las em nosso cotidiano nesse ambiente.
Apesar de em nossa constituição assumirmos as crianças como prioridade:

Art.227. É dever da família, da sociedade, do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (...). (CF 1988)

Minha denúncia evidencia a displicência da universidade  e enquanto estudante mãe abordo os obstáculos impostos à nossa permanência.
As estudantes que não se sentem confortáveis em trancar o semestre durante a gravidez ou o primeiro período do bebê, ou fazer atividades à distância, não tem assegurado seu direito à permanência, uma vez que a recusa de alunos, professores e as vezes do próprio departamento, esse de forma mais gentil e bem argumentada, nos incentiva a interrupção ou até desistência do curso.
Professores, ponte da educação, devem compreender que compartilhar uma educação emancipatória compete também em dar suporte às adversidades dos discentes e viabilizar a permanência dessa a academia.
‘’Se os homens são produtores desta realidade e se esta, na inversão de práxis, se volta sobre eles os condiciona, transformar a realidade opressora, é tarefa histórica, é tarefa dos homens.’’( FREIRE, 2005, P.16)




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