A REALIDADE INVENTADA
Dáffiny Isis Pereira Lopes
A escola genérica é monótona e não ensina a viver. A escola
repetida é "medieval” e não renova saberes. A escola sem cor e sem vida
não educa e nem é educada. A escola dos
prazeres está bem distante dos olhos futuristas de alunos e alunas.
A verdade é que o capital sempre foi o começo e o fim, já a
educação o último recurso. Tudo isso está interligado, a alienação do saber
como forma de lucro para o mercado sempre foi o "xeque mate" dessa
sociedade alienada. O lúdico e o imaginário é fictício, enquanto o conteúdo
pragmático e obrigatório é a mudança real.
Como mudar o coração corrompido de
uma educação planejada para o mercado? A resposta é pertinente, e muitas vezes
inalcançável. Mas a esperança sempre aparece em horas como essa. Educar uma
vida para a vida é desperdício, mas alienar uma vida para a vida é lucro. O ato
de alienar para o capital é o meio certo para o sucesso, mas o que falar da
educação? Ela é esquecida e desvalorizada, como ensinar para a vida sem se
preparar para ela? Procuro a resposta através dos muros da escola. Muitos se perguntam
"Estudar pra quê?" Eu também me faço essa pergunta, mas tento
procurar os motivos: trabalho? diploma? estabilidade financeira? orgulho?
conhecimento?...
Os motivos são finitos.
Agora se reformular a pergunta para
"Estudar pra vida pra quê?" É mais impactante. Mas que vida é essa
que me espera? A vida não é só estudar, é claro. Mas é garantir a experiência,
formar e educar. Educar para a formação de um ser pensante que sente e que
entende que a vida não é só isso. No livro "Pedagogia da autonomia",
Paulo Freire diz que "A autonomia enquanto amadurecimento do ser para si,
é processo, é vir a ser.” Esse processo é gradual mas é necessário.
A vida está além de criar cabeças
moldadas para o mercado escravo. Segundo Herbert Spencer, um filósofo britânico,
afirmou que "A Educação deve formar seres aptos para governar a si mesmos
e não para ser governados pelos outros." Sem mais fantoches na vida
acadêmica e fora dela também.
A escola é isso... é ensinar que o
passado e o presente pode fazer parte de um futuro inventado, mesmo que esse
futuro inventado seja distante, mas que o protagonismo juvenil seja opção de
uma mudança indispensável.
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