sexta-feira, 31 de maio de 2019

SAÚDE MENTAL: VIOLÊNCIAS COTIDIANAS 

                                                                                                   João Mateus 

“Quanto mais claro é o conhecimento do homem, quanto mais inteligente ele é, mais
sofrimento ele tem.” Arthur Schopenhauer

Brincadeiras a parte, esse é um tema que deve ser levado extremamente a sério. Por quê? Porque jovens infelizes, há jovens, não só jovens, doentes, sofrendo, morrendo e tudo isso por causa de uma faculdade, um curso, uma sociedade “exigitiva” e meritocrata onde o indivíduo “só” é valorizado se for produtivo; o pior de tudo que não é qualquer tipo de indivíduo produtivo, tem que ser produtivo para o Estado, tem que ser relevante para o Estado, tem que ser mais um número para o Estado.
Diariamente, universitários, especificando agora esse grupo, sofrem com uma constante pressão, imposta tanto pela sociedade, como por familiares, professores, amigos e, por vezes, até si mesmo. Uma estimativa indica que cerca de 30% dos alunos graduandos em instituições federais sofram com algum transtorno e/ou precisem de ajuda psicológica.
O jornal O Globo fez uma reportagem que apresenta dados que dizem que um a cada três jovens sofrem de transtornos mentais e cerca de 30% têm problemas que podem levar à depressão. Isso é uma coisa muito séria. A depressão mata. Não é normal o jovem ser pressionado desse jeito, não é normal que tão cedo um ser humano tenha que definir o que quer fazer o resto da vida, não é normal ter doenças por causa das exigências exacerbadas feitas pela sociedade e pelas universidades, não é normal jovens serem infelizes por isso, não é normal jovens morrerem por isso.
O sistema educacional, atualmente, é o pior possível. Ele não visa o bem estar do jovem, ele sequer parece se importar com os jovens. O jovem é agredido diariamente por esse sistema falho que existe e é aplicado, agredido não fisicamente e diretamente, mas psicologicamente; mas, no fim, se o psicológico não vai bem, o físico não vai bem. Algo tem que ser feito para mudar isso e sobem duas perguntas agora, de extrema relevância. O que deve ser feito para mudar isso? E, talvez a mais importante ainda, quem fará essa mudança?

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