FINANCIAMENTO: A EDUCAÇÃO RECEBE RECURSO SUFICIENTE?
Laura Leal Martinez
Para entender um pouco sobre o financiamento da educação
brasileira e se a mesma recebe ajuda suficiente para o seu funcionamento, temos
que fazer um breve resumo entender um pouco sobre como é dividido os recursos e
quem são os principais entes responsáveis por essa divisão. Que em referência a
essa divisão de recursos para a educação tem como principal norteador a
Constituição Federal, no qual desde de 1934 que “pela primeira vez, instituiu a
vinculação de recursos públicos à educação” (CARVALHO, 2016) delimitando o
quanto a educação deveria receber dos recursos arrecadados de impostos pela
União, estados, Distrito Federal e municípios. Recursos dos quais a União deve
destinar de arrecadação de impostos para educação no mínimo 10%, os estados e
DF 20% e por último os municípios que contribuem com 10%.
Além do que vem regulamentado pela CF/34 sobre os repasses
financeiros para educação no ano de 1961 foi proclamada “a primeira Lei de
Diretrizes e Base da Educação Brasileira, na qual se definiu o percentual de
impostos de União de 12%”(CARVALHO, 2016) complementando já o que havia sido
determinado na constituição.
Após diversas mudanças nas seguintes constituições foi
promulgada as de 1988, que perdura até hoje, que instituiu pelo art. 212
mudanças no percentual de contribuição de União e entes federados, mudando de
10% para 18% da União e dos estados e municípios passaram para 25% o percentual
de contribuição.
Além do que vem estipulado na CF e na LDB, a educação
também recebe ajuda do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) que
entra como um caráter suplementar na redistribuição dos recursos vindos
para a educação, além de ser o organizador dos
programas de auxílio a educação como o do Livro didático (PNLD) e Dinheiro
direto na Escola (PDDE) e do FUNDEB (Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação) que é um fundo contábil no qual
disponibiliza recursos vindos das vinculação dos impostos exclusivamente para a
educação.
Em poucas palavra sobre esse breve resumo sobre os
principais organizadores na redistribuição
de recursos financeiros a educação brasileira, principalmente a básica, podemos dizer que a educação recebe sim um
boa ajuda do governo, mas temos que parar para pensar que a falta de recursos não vem de uma deficiência, mas de uma
provável má organização, gestão e fiscalização
desse recursos.
Referências bibliográficas:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Versão
atualizada. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm.
Acesso em: 26 de junho de 2018.
. Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação. Funcionamento. Disponível em:
<http://www.fnde.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/quem-somos>.
Acesso em: 26 de junho de 2018.
. Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação. Funcionamento. Disponível em:
<http://www.fnde.gov.br/financiamento/fundeb>.
Acesso em: 26 de junho de 2018.
. Lei nº 9.394 de 20/12/1996 e atualizações. Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm.
Acesso em: 26 de junho de 2018.
CARVALHO,
Cristina Helena Almeida de. Financiamento da educação básica: estrutura atual e
desafios futuros. In: ROCHA, Maria Zélia Borba, PIMENTEL, Nara Pimentel (Orgs).
Organização da educação brasileira: marcos contemporâneos. Brasília: Editora
Universidade de Brasília, 2016. P. 99 a 134.
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