quinta-feira, 30 de maio de 2019

MERITOCRACIA DENTRO DA EDUCAÇÃO: JUSTA OU INJUSTA? 

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                                                                                            Stela de Sousa Ramos

A educação é um direito de todos e para todos, mas no decorrer do tempo e da história do Brasil, percebe-se que sempre houve “certos interesses” do sistema vigente, desde a chegada dos Portugueses na “Terra Prometida”. Os povos que aqui habitavam, foram de fato catequizados e escravizados, submetidos a esquecerem  de suas culturas e viveram por séculos de maneira violenta. Nos dias atuais, nota-se que nada mudou.
O nosso sistema educacional carrega um comportamento que evidência estudantes, professores e outros profissionais que estão inseridos dentro desse âmbito, sendo “condicionados pela realidade”, ou seja, não têm a oportunidade de expressarem seus pensamentos, transformando assim a educação em Autoritária. Paulo Freire em sua obra Pedagogia da Autonomia propõe de maneira simples e sólida um ser que não precisa necessariamente de adaptar-se a essas  “autoridades”, sendo curioso e buscando por ela. Levando-o para ser o protagonista de sua própria história, pois todos aqueles abaixo da riqueza, ficam a mercê deles e para eles.
De acordo com Freire (1996,p.31)

“O fato de me perceber no mundo, com o mundo e com os outros me põe numa posição em face do mundo que não é de quem nada tem a ver com ele. Afinal, minha presença no mundo não é a de quem a ele se adapta mas a de quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas objeto, mas sujeito também há história. Gosto de ser gente porque, mesmo sabendo que as condições materiais, econômicas, sociais e políticas, culturais e ideológicas em que nos achamos geram quase sempre barreias de difícil superação para o cumprimento de nossa tarefa histórica de mudar o mundo, sei também que os obstáculos não se eternizam.”
O povo, mais uma vez se cala diante uma classe que domina, no caso os ricos, a classe minoritária economicamente se quer tem a chance de tornar-se “sujeito”. A meritocracia fica clara, a quem ela beneficia? A classe rica ou a classe pobre? Questionamentos surgem a todo o tempo, procuramos uma resposta

significativa, para aqueles que querem que a democracia, a igualdade e o respeito sejam de fato cumpridos, mas a preferência ainda não é nossa.

Destaca-se ainda que, a educação pública necessita de materiais pedagógicos, financeiros, estrutura física e entre outros recursos para uma boa infraestrutura, para que assim os (as) estudantes possam ter a “igualdade de oportunidades”. No entanto, sabemos que essas chamadas “oportunidades iguais” na verdade não existe e está longe de ser algo verídico, pois as condições financeiras que a camada populacional pobre está inserida e submetida é bem diferente da população burguesa da sociedade. Por exemplo, uma criança que mora no Sol nascente em Ceilândia- DF, com uma mãe usuária de drogas e o pai se encontra preso por homicídio, muitas vezes essa mesma criança não consegue ir á escola por motivos de transporte ou até mesmo por não ter pais presentes dentro de casa, a criança está sendo submetida a um ambiente que ela/ele não pediu para nascer e que por essas e outras condições que estão sendo expostas á ele/ela, provavelmente, no futuro, essa criança não terá a chance de um estudo bom e de qualidade, tendo assim, um fim trágico. Já uma criança que mora no Lago Sul- DF, com mãe advogada e o pai médico, essa criança estuda em uma das melhores escolas do Distrito Federal, pois seus pais e sua família querem que no futuro ele/ela entre em uma Universidade Pública no “melhor curso”, essa criança terá acesso a cursinhos preparatórios, aulas de piano (para se distrair), essa criança não será submetida a limpar, passar e nem cozinhar, pois a família tem empregados dentro  de casa, tento assim, um fim de riqueza e alegria. Nos dois exemplos, nota-se que mesmo o fim da criança pobre não sendo trágico, ele não terá as mesmas oportunidades que a criança rica, justamente por processos históricos e culturais, que se chama Meritocracia.














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