A FORMAÇÃO DOS LICENCIADOS NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS E SEU REFLEXO EM SALA DE AULA
Yuri Rodrigues Alves
Neste
ensaio gostaria de expressar a minha opinião baseada em experiências próprias e
a visão de alguns autores referente a formação dos profissionais da área da
educação feita pelas universidades públicas brasileiras, com foco na
Universidade de Brasília.
Para que um graduando se forme em um
determinado curso, ele deverá cumprir as matérias obrigatórias, e se a
habilitação for licenciatura, ele terá de cursar as matérias referentes ao
campo do ensino. No curso de licenciatura em Física na UnB, o aluno deve tem de
cursar as seguintes matérias: Didática Fundamental, Fundamentos de
Desenvolvimento e Aprendizagem, Língua de Sinais Brasileira – Básico,
Organização da Educação Brasileira e Psicologia da Educação. Além de serem
somente 5 disciplinas, o que ao meu ver representa um número pouco
significativo, as mesmas são muito direcionadas para um idealismo platônico,
portanto o conhecimento e experiências são transmitidos de maneira quase ou
totalmente teórica, formando licenciados que sabem muito na teoria, mas suas
práticas em sala de aula são praticamente inexistentes.
Os programas/projetos que nos
providenciariam experiências em sala de aula, como por exemplo o PIBID, que de
acordo com o Portal do Mec “O objetivo é antecipar o vínculo entre os
futuros mestres e as salas de aula da rede pública. Com essa iniciativa, o
Pibid faz uma articulação entre a educação superior (por meio das
licenciaturas), a escola e os sistemas estaduais e municipais.”. Se analisarmos este objetivo com base em
Piaget, seria uma proposta muito interessante para o aprendizado do graduando,
já que ele “agiria sobre o objeto” o propondo experiências no campo
educacional. O grande problema é a falta de recursos e investimentos para fazer
com o PIBID cresça e se expanda nas universidades brasileiras, na Universidade
de Brasília por exemplo, no período atual (1º semestre de 2018) o mesmo se
encontra praticamente extinto devido a crise financeira que a universidade
enfrenta, e o reflexo disso será sentido na própria educação nos próximos anos
com professores pouco preparados para a prática docente.
Seria interessante até para o
próprio governo o aumento nos investimentos como no projeto citado, já que
traria um retorno positivo em futuras provas e pesquisas estatísticas como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Com o
crescimento da quantidade de disciplinas obrigatórias junto ao PIBID, a
educação seria beneficiada com professores bem preparados para a entrada no
mercado e, portanto, na sala de aula.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://portal.mec.gov.br/pibid
> Acesso em 01/07/2018.
PIAGET,
JEAN. Seis Estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2015.
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