sexta-feira, 31 de maio de 2019

SAÚDE MENTAL DOS ESTUDANTES 

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                                                                                                             Diana 
Nos dias atuais, há poucos estudos nacionais abrangentes sobre a saúde mental dos estudantes universitários brasileiros. O Brasil é um dos campeões mundiais em estresse e ansiedade, ha uma grande importância da discussão do tema para a prevenção e remediação dos fatores causadores de sofrimento entre os alunos universitários.
Um estudo mundial do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela que 56% dos alunos brasileiros entrevistados estão entre os que ficam mais estressados durante os estudos. Quando o quesito é a ansiedade na hora da prova, os alunos brasileiros ocupam o segundo lugar no ranking de 180 países.
O ingresso na Universidade é caracterizado por mudanças significativas e complexas na forma como o estudante pensa em diferentes áreas de sua vida, podendo se desenvolver intelectualmente e pessoalmente (PAPALIA & FELDMAN, 2006). Trata-se de um marco na vida desse indivíduo, que acessa um universo acadêmico repleto de normas, metodologias, grupos e pessoas desconhecidas. Essa nova realidade educacional cria a necessidade do estudante de desenvolver um perfil universitário. Contudo, esse processo pode ser repleto de idealizações, ansiedade, conflitos e angústias (MARTINCOWSKI, 2013). Esse novo panorama coloca o estudante universitário em um estado de vulnerabilidade, aumentando as chances de quadros psicopatológicos e consequentes dificuldades no desenvolvimento pessoal e profissional dos mesmos (ALMEIDA & SOARES, 2003).
 De acordo com o relatório FONAPRACE (2014), numa amostra de 939.604 estudantes de IFES (Instituições Federais de Ensino Superior), 79,8% (794.804) relataram passar por dificuldades emocionais nos últimos doze meses. A ansiedade foi a dificuldade emocional mais assinalada pelos estudantes (58,36%). O desânimo/falta de vontade de fazer as coisas apresentou a segunda maior frequência na amostra (44,72%). Do total dos estudantes pesquisados, 30,45% (286.151) já procuraram atendimento psicológico.
O ano acadêmico tem se apresentado como importante variável a ser ponderada na análise da saúde mental dos estudantes universitários. Nessa linha de análise, os primeiros anos da graduação têm sido reportados como detentores das maiores taxas de prevalência de sintomas depressivos e/ou ansiosos.
É notório que os estudantes universitários são vulneráveis ao sofrimento psíquico e desenvolvimento de doenças mentais devido à inúmeros fatores, um exemplo é a pressão que os professores fazem com os alunos com as provas semestrais.
As universidades precisam aumentar os investimentos em serviços e programas relacionados à orientação, acompanhamento, aconselhamento e encaminhamento de estudantes, identificando quais as necessidades dentro de suas políticas atuais relacionadas.
Portanto, toda a diversidade de fatores que favorecem o sofrimento psíquico e ferem o bem-estar dos estudantes devem ser objeto de reflexão e estudo aprofundado das universidades, as quais devem coordenar suas atividades para difundir e aprimorar suas políticas e serviços de apoio psicológico e psicopedagógico aos universitários.

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