quinta-feira, 30 de maio de 2019

VIOLÊNCIA

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                                                                               Camilla Vargas Pincegher 

A violência nas universidades brasileiras é algo muito recorrente e assustador para a maioria dos estudantes. Isso se intensifica ainda mais para as minorias sociais, que são os alvos mais frequentes, como as mulheres, negros e LGBTs. Essa violência não se limita apenas à violência física, mas acontece de diversas formas, como a violência sexual, psicológica, assédio e a coerção (beijar veteranos ou ingerir bebidas alcoólicas, por exemplo). Ao meu ver, a violência nas universidades se trata de um reflexo da nossa sociedade, que ainda é extremamente homofóbica, machista e racista.
            A Universidade de Brasília não fica fora desse contexto. Por ser um espaço aberto, sem iluminação adequada em alguns lugares e, muito grande, a UnB parece ser um lugar propício à assaltos, roubos e agressões. Inúmeros assaltos no Instituto Central de Ciências (ICC) foram constatados, além de sequestros relâmpagos, estupros e agressões. Após o assassinato da estudante de Ciências Biológicas, Louise Maria da Silva Ribeiro, em 2016, o Correio Brasiliense traçou um mapa de crimes na UnB, e constataram 9 casos de agressão, troca de tiros, e estupro ocorridos no campus Darcy Ribeiro, na Asa Norte, desde 2010.
            A violência psicológica é algo que muitas vezes as pessoas não consideram como violência ou acabam nem percebendo sua gravidade. Na universidade, acontecem de forma de desqualificação intelectual por parte de professores ou outros estudantes, pouca ou nenhuma sensibilidade com as suas limitações ou problemas psicológicos, cantadas ofensivas, preconceitos, etc. Ademais, a universidade é um ambiente considerado tóxico por grande parte de seus alunos, que reclamam de sua realidade muitas vezes competitiva, exclusiva, impessoal e rígida, que para alguns, pode ser pior do que para outros.
            A presença da polícia militar no campus, não é algo que considero adequado para a segurança da UnB. Pelo seu treinamento violento e designado para a guerra, não é conveniente para lidar com problemas entre estudantes e nem dentro de uma universidade, e acabam propagando mais violência, como em 2014, que uma tentativa de roubo de uma motocicleta, acabou em tiroteio disparados pela PM, em frente à Biblioteca Central dos Estudantes (BCE).
A segurança da UnB é uma questão que ainda deve ser muito discutida pela prefeitura, reitoria e DCE, para a melhoria da vida dos estudantes, começando pela melhoria da iluminação, seguranças com treinamento mais adequado, conscientização de professores e alunos sobre a violência psicológica, de gênero, e contra as minorias sociais.


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