sexta-feira, 31 de maio de 2019

A EDUCAÇÃO NÃO PODE SER MAIS UM NEGÓCIO 

Resultado de imagem para EDUCAÇÃO E NEGOCIO
Maycon Patrick de Souza Santos
A educação a cada ano que passa se torna algo cada vez mais lucrativo, pesquisas recentes mostram que ensino particular presencial e a distancia vem se tornando algo cada vez mais valioso para quem investe. Programas de financiamento vão se tornando cada vez mais aparentes, mais explícito, o que por um lado é muito bom, mas por outro não tão bom. O que estamos tentando ver é que, com o passar dos tempos, a educação vem se tornando um negócio com visão única no lucro financeiro, ou seja, tornando a educação algo totalmente fora do foco, que deveria ser o beneficiamento do estudante acima de tudo, o estudante deveria ser é mais beneficiado quando o assunto tratado é educação. Houve uma reportagem em que foi constatado que alunos que usavam o FIES em muitas vezes estavam pagando o dobro da mensalidade, por exemplo: Um aluno que não usa crédito estudantil pagava 2000 reais de mensalidade, enquanto um aluno que utilizava crédito estudantil pagava 4000 reais de mensalidade. A instituição de ensino estava cobrando até 100% a mais dos estudantes que mais necessitavam,ou seja, um absurdo. Esse fato, sobre o financiamento estudantil, é a prova de que a educação está se tornando um puro negócio, onde o dinheiro tem que ser a primeira coisa a ser pensada pelos empresários.
Um programa muito interessante é o ProUNI, ótimo para quem utiliza dele, que o foco é para os cidadãos de baixa renda, porém, ao perceber de onde ele originou, gera uma certa indignação, o texto 5 da Unidade 1 diz o seguinte:

Como exemplo mais recente, podemos citar a Lei no 12.688 de 2012 que, entre outros objetos, em seu art. 3o, institui o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies), que tinha o objetivo de assegurar condições para a continuidade das atividades de entidades mantenedoras de instituições integrantes. A medida provisória que originou a lei ocasionou perdão de pelo menos 15 bilhões de reais em dívidas tributárias acumuladas pelas faculdades e centros universitários particulares e comunitários, que foram abatidos em 90% em troca de bolsas do Programa Universidade para todos (ProUni) – vale lembrar que as instituições federais de ensino superior estavam em greve na época em que a medida provisória que antecedeu a lei foi votada.(MELO, 2016, P. 153)

Portanto, em um país livre de tanta corrupção, desvio de dinheiro e problemas afins, esses 15 bilhões poderiam ter sido convertidos em faculdades públicas, em melhorias para as universidades existentes, em auxilio permanência a estudantes de baixa renda que estão em uma instituição pública de ensino, ou seja, esse dinheiro poderia ter sido investido de uma forma em que teria mais retornos educacionais.
Por fim, condeno cruelmente a forma como os grandes empresários estão tratando a educação hoje em dia, escapando um pouco do tema, da forma como os empresários estão tratando tudo, saúde hoje é meramente economia, o dinheiro está sempre falando mais alto, não se constrói hospitais focando no bem estar do paciente, se constrói hospitais focando no quão lucrativo ele irá ser, e assim está sendo com a educação, infelizmente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A CULTURA NA EDUCAÇÃO: CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE                                                                    ...