PESQUISA E EDUCAÇÃO
Luana Wutke
Ao longo dos séculos, a docência
sempre teve grande importância para a formação intelectual de pessoas e para a
disseminação de conhecimento em meio à sociedade como um todo. Desde as mais
antigas escolas gregas que estimulavam o questionamento às Universidades
atuais, o processo de “compartilhamento de aprendizados” ocorre via
professor-aluno, o que implica que exista uma pessoa capacitada, com devido
domínio de determinado assunto, preparada para ensiná-lo a outrem.
No Brasil, existe uma legislação que
regulamenta o sistema educacional (público ou privado), da educação básica ao
ensino superior. No que tange a esse último, no artigo 43 da LDB¹ (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação), está escrito que a educação superior tem por
finalidade, entre outras, “incentivar o trabalho de pesquisa e investigação
científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e
difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio
em que vive;”. Porém, existe o questionamento: aqueles que são responsáveis por
incentivar e estimular a investigação científica são facilitadores do
conhecimento? Ou apenas se utilizam de suas posições, em especial a de
pesquisadores amparados por Universidades públicas, para se manterem focados em
si mesmos e em seus propósitos pessoais? De maneira simplificada, pode-se dizer
que excelentes pesquisadores são, também, excelentes professores?
É preciso que, antes de mais nada,
aqueles que aceitam se colocar em posição de docência, tenham consciência das
inúmeras vidas sobre as quais exercem algum tipo de influência, principalmente
às de seus alunos, que aspiram a adquirir conhecimento e se capacitarem na área
em que desejam seguir profissionalmente. É imprescindível que as Universidades
elejam professores não somente de forma objetiva com foco curricular, mas de
forma que exista a preocupação em assegurar que o ensino seja transmitido e
cobrado de maneira justa. Para isso, pode-se utilizar de recursos como aulas
para dar aos futuros professores (não-licenciados mas concursados) embasamento
educacional, ou então podem existir bancas com a finalidade de que professores
que já estão em atividade sejam avaliados com certa frequência, de forma que
haja controle sobre a maneira como o conteúdo é transmitido.
Além disso, é de extrema importância
que os próprios alunos se posicionem em favor de seus interesses para que a
realidade seja constantemente modificada e melhorada, pois só assim se obterá
qualidade não só nas diversas áreas da pesquisa, mas principalmente na
educação, que permitirá que o desenvolvimento científico aconteça e evolua.
Referências bibliográficas:
¹ Art. 43 da Lei de Diretrizes e Bases - Lei 9394/96.
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11689199/artigo-43-da-lei-n-9394-de-20-de-dezembro-de-1996
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