EDUCAÇÃO
João Paulo de Novais de Santana
A
educação, direito público subjetivo, segundo Morin (2000), apresenta problemas
específicos, trata como “sete buracos negros da educação” são eles:
conhecimento, conhecimento pertinente, identidade humana, compreensão humana,
incerteza, condição planetária e antropo-ética, problemas que na opinião do
mesmo “devem ser colocados no centro das preocupações da formação dos jovens
que, evidentemente, se tornarão cidadãos” (MORIN, 2000).
Atualmente, a educação pública brasileira
passa por dificuldades em vários setores, da gestão à execução, onde os atores
em média são pouco capacitados e valorizados pelo Estado.
Em sala podemos ver professores na área de
formação diferentes daquela matéria em que está sendo ministrada, não levando o
conhecimento elevado que aquele aluno receberia caso o professor fosse um
especialista na área. A performance dos professores em sala de aula
positivamente ou negativamente se espelha no desenvolvimento do aluno.
Os
estudantes em geral estão mais expostos à “construção da personalidade”, a
pressões psicológicas, dúvidas e escolhas. Trata-se da fase que decisões devem
ser tomadas em relação ao futuro profissional e acadêmico. Atualmente
é comum o jovem viver entre um trabalho/estágio e os estudos, nos últimos dias
vimos vários casos de jovens que entram em depressão e chegam até a tentar o
suicídio por conta dessa pressão que a sociedade impõe. Fazendo com que haja um
dilema e diferenciação dos alunos, entre aqueles que se esforçam para ter um
sucesso profissional e aqueles que estão ali obrigados.
Quando perguntamos para algum egresso do ensino
regular há alguns, o que ele aprendeu durante o ensino médio ou fundamental. A
resposta tende a ser algo como: "não lembro quase nada", ou então
"umas contas lá". O esquecimento causado pela não obtenção de
conhecimento. O aprender deixou de ser
um ato prazeroso e passa a ser ato obrigatório, que por si só, passa por ser
monótono cansativo e nada proveitoso.
A escola tornou-se ambiente de
conhecimento para as provas de exame, como Enem e os tradicionais vestibulares
e não é essa a função da escola. Seus apoiadores dizem que a escola prepara
para a vida, mas a vida, infelizmente não se pauta em receber um simples
diploma, onde atualmente houve um crescimento da população que chegou a esse
nível, ocorrendo uma natural “desvalorização” do grau de ensino. O ambiente escolar deve tornar o aluno, mais
que um mero vivenciador do momento, mas sim um cidadão ciente dos seus deveres
e direitos onde se amadurece durante o período, podendo traçar seus objetivos
conscientemente.
Neste contexto, percebemos que a
educação pública brasileira necessita não só de investimento financeiro, mas
também clama por desenvolvimento humano e cidadão. Diferente do ensino privado
que visa a administração e em que o aluno é tratado como cliente, o ensino
público é voltado para a gestão, em que o lado social é mais valorizado podemos
ver que ainda sim as grandes instituições ainda são mais escolhidas pelos pais
para colocarem seus filhos, mas justamente pelo fato do ensino privado garantir
uma melhor formação e com servidores cada vez mais capacitados, é escolhido.
Entendemos assim que o ensino público está escasso em capacitação, tornando
algo ultrapassado e pouco pedagógico, formando pessoas por formar e perdendo a
oportunidade de ensinar cidadania e construir uma sociedade melhor para todos.
Referências:
Brasil Escola: https://educador.brasilescola.uol.com.br/politica-educacional/o-direito-educacional-direito-educacao.htm
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do
futuro. Tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya. São
Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000. Título original: Les sept savoirs nécessaires à l’éducation
du futur.
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