sábado, 1 de junho de 2019



EDUCAÇÃO PARA RICOS E PARA POBRES 

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                                                                                                 Lucas Carvalho dos Santos 

 A educação nas escolas tem como objetivo garantir a qualidade de ensino para todos e cada um de seus alunos, fazendo com que se mantenha a pluralidade individual presente no meio. Entretanto muitas pessoas acabam pensando apenas na parte do dever da escola em repassar o conhecimento científico enquanto esquece que a educação também tem como objetivo formar cidadãos melhores para o convívio em sociedade.
Para Vygotsky a educação não deveria ser apenas do conhecimento científico, mas sim um diálogo mais aberto onde existisse o compartilhamento e a produção de um conhecimento mútuo que vai desde um processo político, por exemplo, até um histórico, tendo sua liberdade. Infelizmente as pessoas acabam indo contra essa ideia e a evolução obtida até o momento vai sendo destruída aos poucos.
E a partir disso veio a reforma do ensino médio que acaba impedindo a diversidade escolar com o foco na educação como um produto com o único objetivo formar mão de obra para a sociedade. O problema se alastra já que a educação pública é a afetada, colocando os jovens de baixa renda nessa situação. Enquanto os jovens de classe alta na sua escola particular recebem o conhecimento completo para torná-los cultos.
Na prática, a reforma do ensino médio iria proporcionar aos estudantes um currículo mais “flexível”, disciplinas de ciências da natureza, matemática e português teriam suas obrigatoriedades, todavia, as ciências humanas que formam o pensamento crítico dos alunos acabariam tendo um peso bem menor do que se tem atualmente. A formação de uma população acrítica só geraria perdas e prejuízos imensuráveis, sem nenhum benefício - menos para a classe política.  
Esse é um problema tão grave porque não se mantém apenas no ensino médio, as mudanças causadas só evoluem a partir daí já que a educação pública vai formar os operários enquanto a privada vai deter o intelecto. Analogamente, isso remete ao iluminismo e só prova o quanto a educação brasileira está regredindo no tempo em pleno século XXI.
Muitas pessoas apontam erroneamente supostos erros na educação para tentar provar a reforma é precisa. Os exemplos são os mais diversos possíveis, como incitar o sexo a jovens, os mais diversos tipos de doutrinação que prejudicam o jovens e ente outros. O pior da situação é que não é apenas a classe rica que defende isso, até parte do público que será afetado concorda e defende que a educação do país seja “conservadora”.
É notório que a educação brasileira apresenta diversos problemas, mas separar a educação por classes – mesmo que isso seja algo implícito a olhos de muitos - não é uma solução. Parece que a população esquecia das histórias passadas e não ver o risco a ser corrido. A reforma do ensino médio não é uma solução, é necessário que os alunos tenham as mesmas oportunidades e que vejam tudo de todas as áreas. A educação não é apenas mercado de trabalho, ela também é formar cidadãos e a partir do momento que esse objetivo é retirado à força das escolas, uma nação inteira que perde além de evoluir o problema em forma de dominó para as futuras gerações.

REFERÊNCIAS: 
VYGOTSKY, L. S. (1925/1999). Psicologia de Arte. São Paulo: Martins Fontes.
FAJARDO, Vanessa. Entenda a reforma do ensino médio. 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/educacao/noticia/entenda-a-reforma-do-ensino-medio.ghtml>. Acesso em: 29 nov. 2018.
A REFORMA DO ENSINO MÉDIO E SUAS CONSEQUÊNCIAS: O que pensam os professores de sociologia?. UFPB: Revista Espaço do Currículo, 2018. Disponível em: <http://www.periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/ufpb.1983-1579.2018v2n11.36073/20849>. Acesso em: 29 nov. 2018.

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