EDUCAÇÃO PARA RICOS E PARA POBRES
A educação nas escolas tem como
objetivo garantir a qualidade de ensino para todos e cada um de seus alunos,
fazendo com que se mantenha a pluralidade individual presente no meio.
Entretanto muitas pessoas acabam pensando apenas na parte do dever da escola em
repassar o conhecimento científico enquanto esquece que a educação também tem
como objetivo formar cidadãos melhores para o convívio em sociedade.
Para Vygotsky a educação não deveria
ser apenas do conhecimento científico, mas sim um diálogo mais aberto onde
existisse o compartilhamento e a produção de um conhecimento mútuo que vai
desde um processo político, por exemplo, até um histórico, tendo sua liberdade.
Infelizmente as pessoas acabam indo contra essa ideia e a evolução obtida até o
momento vai sendo destruída aos poucos.
E a partir disso veio a reforma do
ensino médio que acaba impedindo a diversidade escolar com o foco na educação
como um produto com o único objetivo formar mão de obra para a sociedade. O
problema se alastra já que a educação pública é a afetada, colocando os jovens
de baixa renda nessa situação. Enquanto os jovens de classe alta na sua escola
particular recebem o conhecimento completo para torná-los cultos.
Na prática, a reforma do ensino
médio iria proporcionar aos estudantes um currículo mais “flexível”,
disciplinas de ciências da natureza, matemática e português teriam suas
obrigatoriedades, todavia, as ciências humanas que formam o pensamento crítico
dos alunos acabariam tendo um peso bem menor do que se tem atualmente. A
formação de uma população acrítica só geraria perdas e prejuízos imensuráveis,
sem nenhum benefício - menos para a classe política.
Esse é um problema tão grave porque
não se mantém apenas no ensino médio, as mudanças causadas só evoluem a partir
daí já que a educação pública vai formar os operários enquanto a privada vai
deter o intelecto. Analogamente, isso remete ao iluminismo e só prova o quanto
a educação brasileira está regredindo no tempo em pleno século XXI.
Muitas pessoas apontam erroneamente
supostos erros na educação para tentar provar a reforma é precisa. Os exemplos
são os mais diversos possíveis, como incitar o sexo a jovens, os mais diversos
tipos de doutrinação que prejudicam o jovens e ente outros. O pior da situação
é que não é apenas a classe rica que defende isso, até parte do público que
será afetado concorda e defende que a educação do país seja “conservadora”.
É notório que a educação brasileira
apresenta diversos problemas, mas separar a educação por classes – mesmo que
isso seja algo implícito a olhos de muitos - não é uma solução. Parece que a
população esquecia das histórias passadas e não ver o risco a ser corrido. A
reforma do ensino médio não é uma solução, é necessário que os alunos tenham as
mesmas oportunidades e que vejam tudo de todas as áreas. A educação não é
apenas mercado de trabalho, ela também é formar cidadãos e a partir do momento
que esse objetivo é retirado à força das escolas, uma nação inteira que perde
além de evoluir o problema em forma de dominó para as futuras gerações.
REFERÊNCIAS:
VYGOTSKY, L. S. (1925/1999). Psicologia de Arte. São
Paulo: Martins Fontes.
FAJARDO, Vanessa. Entenda a reforma do ensino médio.
2017. Disponível em:
<https://g1.globo.com/educacao/noticia/entenda-a-reforma-do-ensino-medio.ghtml>.
Acesso em: 29 nov. 2018.
A REFORMA DO ENSINO MÉDIO E SUAS CONSEQUÊNCIAS: O que pensam
os professores de sociologia?. UFPB: Revista Espaço do Currículo, 2018.
Disponível em:
<http://www.periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/view/ufpb.1983-1579.2018v2n11.36073/20849>.
Acesso em: 29 nov. 2018.
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