CONSELHOS À EDUCAÇÃO
Matheus de Oliveira Silva
É
notável perceber que atualmente a escola brasileira produz mais desempregados
do que pesquisadores. Que o sistema de ensino devolve ao mundo os jovens sem se
quer responder seus questionamentos. Simplesmente de forma sistemática tomam o
aluno, preenchem, ainda que de forma parcial, seus diversos níveis de
questionamentos e depois os devolve para a sociedade. Como formar profissionais,
sujeitos críticos se o cerne do problema educacional brasileiro, está na
“devolução” dos alunos, como sujeitos que não entendem nada de moral, nem
direitos ou deveres, mas que podem recitar, se preciso for, as fórmulas matemáticas,
decoradas para as avaliações.
Se
entende assim o pequeno problema da educação não tecnológica, onde o aluno
caminha com pequenas máquinas cheias de conhecimento ainda que transmitida pelo
homem, mas que não usufruída pelo mesmo. Não encontrando soluções ao problema,
as novas tecnologias se tornam apenas produtoras de respostas “fast food”,
simples e objetivas, inviabilizando o caminho para seu aluno tornar-se um
pesquisador.
Nesse
contexto produzimos uma educação insensível ao humano, olhando o aluno ali sentado,
como apenas um receptor de conhecimento, não considerando a bagagem trazida consigo.
Tornando assim o professor completo em seus níveis, e o aluno uma pequena
máquina que ainda precisa ser preenchida, como e com o que, serão os parâmetros
definidos pelo mestre. Nesse âmbito a educação está sujeita nas mãos do professor.
Inserida
dentro de uma educação capitalista, que insiste a todo custo em especializar
seu aluno, que serão seus futuros funcionários de uma multinacional.
Especializar o aluno para o mercado de trabalho é a ferramenta segura do Estado,
garantindo mão de obra barata e qualificada para determinado tipo de serviço.
Deixando de considerar seu aluno, como alguém perceptível a outros caminhos,
que o mesmo deseja traçar. Criamos assim, alunos que estão sujeitos sempre as regras,
onde só fazem quando pedidos e só criam quando solicitados, a falta de
autonomia na produção de conhecimento é um veneno para o futuro.
Entrelaçados
nessa série de problemas, persistindo ainda em um PPP, que não consegue
enxergar os diversos níveis de aprendizagem de seus estudantes, em um currículo
pedagógico imóvel e extenso.
Primeiramente
se entende a educação a necessidade de caminhar com o mundo atual, se
atualizando no espaço, inserindo como ferramenta as novas tecnologias que
surgem como auxilio para os pedidos de socorro. Mas de forma consciente
utiliza-las não em busca de novas respostas, mas de novas formas de enxergar o
problema questão a sua frente, permitindo ao estudante que o mesmo crie seu
próprio conceito. O mesmo mediado também pelo professor.
Buscando
assim uma educação mais humanista, que transmita valores aos seus espectadores,
entendendo que o aluno que ali se encontra é um ser humano, sensível, cheio de
anseios e dúvidas. Uma educação que não transmita somente conteúdo, mas que
também se preocupe com a saúde mental do seu aluno e dos diversos temas que
hoje estão em voga.
A
inteira necessidade de especialização pode hoje ser compreendida. Mas tem
levado a educação para mergulhos superficiais, que produzem apenas mão de obra.
Especializar-se é uma necessidade quando unida ao porque, quando responde ao
seu aluno sobre suas dúvidas, e não apenas entregar-lhe um manual de como
operar máquinas. Visto que para o aluno se lançar no mercado é um inteiro desafio,
com poucas oportunidades e sem experiência.
Nesse
contexto vale ressaltar, a educação-mãe que crie seu filho para o mundo fora
concedendo-lhe total autonomia, para criar, aperfeiçoar, usar os conhecimentos
adquiridos na estrutura escola-pai, para a atuação no mundo real. Revisando a
necessidade da centralidade das regras escolares, o cumprimento de horários fixos,
hora de ir ou não ao banheiro, atividades comerciais, onde o aluno faz
procurando ver o que irá ganhar. Entre outros. A disciplina é inteiramente necessária,
quando consegue enxergar o outro.
Quando
isso ocorre, conseguimos distinguir os alunos, como pessoas com níveis de
dificuldade diferente, onde a padronização do conhecimento enxerga a todos como
iguais em níveis de aprendizagem. A busca por uma educação coletiva e também individual,
se inicia na criação de um PPP, e do currículo pedagógico que encare as
dificuldades dos alunos, dando espaço e condições ao professor de saná-las.
Referências
bibliográficas:
htpp//www.idocode.com.br
htpp//www.brasilescola.com.br
htpp//www.manifesto55.com.br
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