EDUCAÇÃO DE QUALIDADE NO SISTEMA PÚBLICO BRASILEIRO
Pâmella Gregório de Araujo
O principal problema
da educação brasileira é a qualidade
e não o acesso, no caso da educação
básica. A cerca disso existem algumas concepções sobre o que é ter uma educação
de qualidade. Quais são os fatores que
implicam para que não ocorra a educação de qualidade. O artigo 205 da
Constituição Federal, diz que:
“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da
família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania
e sua qualificação para o trabalho.”
Porém não é necessário um amplo estudo
para perceber que a educação
no Brasil está cada vez mais precária, as taxas de evasão
escolar, violência e desinteresse aumentam a cada ano. Isso ocorre porque o PNE
elaborado é malíssimo, pois, são medidas que beneficiam grupos corporativistas e que não tem como resultado a melhoria da educação, as metas são equivocadas
e um tanto esdruxulas, se não houver
melhoras de gestão
juntamente com aplicação
de recursos nada garante que
haverá melhoria de forma efetiva nos campos
educacionais.
Para melhorar a qualidade é preciso
acima de tudo melhorar a gestão dos recursos, ou seja, focar nos primeiros anos
do ensino fundamental, onde ocorre a alfabetização, inserir os melhores
profissionais para lecionar nas turmas com maior dificuldade, cuidar da
motivação e valorização de professores e os alunos, buscar medidas inovadoras
para combater a violência, proporcionar ao aluno um ambiente saudável e que ele
se sinta inserido, valorizar as culturas da comunidade local, além de inserir a
tecnologia como fator primordial e ferramenta para o aprendizado.
Acerca disso existem alguns debates
como; porque a educação privada é melhor do que a educação pública,
uma vez que deveria ser diferente. Em análise de fatos cotidianos, a procura por
universidades públicas para o ingresso no ensino superior é demasiadamente
grande por alunos de escolas privadas o que deveria ser o contrário, uma vez que esses alunos tem condições de vida
melhor para procurar instituições privadas.
Segundo Bianchetti
“As razões expostas nos permitem afirmar que, entre os objetivos destes
projetos educativos, é possível identificar aqueles orientados a formar os
‘intelectuais tradicionais’, assim como os destinados a gerar os ‘intelectuais
orgânicos’, requeridos para a estabilidade e o desenvolvimento do sistema
social” (Educação de qualidade: um dos dilemas fundamentais para a definição
das políticas educativas p.12)
O sistema educacional Brasileiro não visa proporcionar qualidade
para o estudante, apenas tem o objetivo de acesso, além de ser
desgaste. As taxas de alunos que conseguem ir
para o ensino superior são baixas, transformando o que deveria ser um
direito em uma exceção e uma luta, com concorrência extremamente desigual visto
que o currículo de conteúdos no sistema público é picotado e nem um pouco
atrativo. Faz com que o estudante
nessas condições procure outros meios de sobrevivência, por exemplo exercendo
profissões mau remuneradas, o sistema público nada
mais é do que um filtro, dividindo e elevando a segregação social.
A busca por qualidade de ensino é constante e continuará
durante muito tempo, até que parta uma decisão realmente efetiva e igualitária
da parte dos governantes do país, professores tem o papel essencial para
mudança do sistema que oprime e desvaloriza as instituições públicas.
REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS:
BIANCHETTI, Roberto
Gerardo. Educação de
qualidade: um dos dilemas fundamentais para a definição das políticas educativas.
Trab. educ. saúde [online]. 2008,
vol.6, n.2, pp.233-258. ISSN 1981-7746
Constituição
Federal 1988.
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