domingo, 2 de junho de 2019

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE NO SISTEMA PÚBLICO BRASILEIRO 

Resultado de imagem para EDUCAÇÃO
                                                                                      Pâmella Gregório de Araujo 

O principal problema da educação brasileira é a qualidade e não o acesso, no caso da educação básica. A cerca disso existem algumas concepções sobre o que é ter uma educação de qualidade. Quais são os fatores que implicam para que não ocorra a educação de qualidade. O artigo 205 da Constituição Federal, diz que:

“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”

Porém não é necessário um amplo estudo para perceber que a educação no Brasil está cada vez mais precária, as taxas de evasão escolar, violência e desinteresse aumentam a cada ano. Isso ocorre porque o PNE elaborado é malíssimo, pois, são medidas que beneficiam grupos corporativistas e que não tem como resultado a melhoria da educação, as metas são equivocadas e um tanto esdruxulas, se não houver melhoras de gestão juntamente com aplicação de recursos nada garante que haverá melhoria de forma efetiva nos campos educacionais.
Para melhorar a qualidade é preciso acima de tudo melhorar a gestão dos recursos, ou seja, focar nos primeiros anos do ensino fundamental, onde ocorre a alfabetização, inserir os melhores profissionais para lecionar nas turmas com maior dificuldade, cuidar da motivação e valorização de professores e os alunos, buscar medidas inovadoras para combater a violência, proporcionar ao aluno um ambiente saudável e que ele se sinta inserido, valorizar as culturas da comunidade local, além de inserir a tecnologia como fator primordial e ferramenta para o aprendizado.

Acerca disso existem alguns debates como; porque a educação privada é melhor do que a educação pública, uma vez que deveria ser diferente. Em análise de fatos cotidianos, a procura por universidades públicas para o ingresso no ensino superior é demasiadamente grande por alunos de escolas privadas o que deveria ser o contrário, uma vez que esses alunos tem condições de vida melhor para procurar instituições privadas.
Segundo Bianchetti “As razões expostas nos permitem afirmar que, entre os objetivos destes projetos educativos, é possível identificar aqueles orientados a formar os ‘intelectuais tradicionais’, assim como os destinados a gerar os ‘intelectuais orgânicos’, requeridos para a estabilidade e o desenvolvimento do sistema social” (Educação de qualidade: um dos dilemas fundamentais para a definição das políticas educativas p.12)
O sistema educacional Brasileiro não visa proporcionar qualidade para o estudante, apenas tem o objetivo de acesso, além de ser desgaste. As taxas de alunos que conseguem ir para o ensino superior são baixas, transformando o que deveria ser um direito em uma exceção e uma luta, com concorrência extremamente desigual visto que o currículo de conteúdos no sistema público é picotado e nem um pouco atrativo. Faz com que o estudante nessas condições procure outros meios de sobrevivência, por exemplo exercendo profissões mau remuneradas, o sistema público nada mais é do que um filtro, dividindo e elevando a segregação social.
A busca por qualidade de ensino é constante e continuará durante muito tempo, até que parta uma decisão realmente efetiva e igualitária da parte dos governantes do país, professores tem o papel essencial para mudança do sistema que oprime e desvaloriza as instituições públicas.

REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS:

BIANCHETTI, Roberto Gerardo. Educação de qualidade: um dos dilemas fundamentais para a definição das políticas educativas. Trab. educ. saúde [online]. 2008, vol.6, n.2, pp.233-258. ISSN 1981-7746
Constituição Federal 1988.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A CULTURA NA EDUCAÇÃO: CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE                                                                    ...