A GEOGRAFIA COMO FERRAMENTA PARA O PENSAMENTO CRÍTICO DOS ALUNOS
Helen Cristina Sousa de Oliveira
A geografia é uma ciência
que estuda a relação do homem com o espaço geográfico, as características
físicas da superfície terrestre e os fenômenos climáticos do planeta Terra. A
geografia vai muito além dos mapas, ela nos ajuda a compreender o espaço em que
vivemos. Para Ruy Moreira em seu livro Pensar e Ser em Geografia essa ciência é utilizada para desvendar as máscaras
sociais, uma vez que ela revela como os sistemas econômicos, políticos,
ideológicos e sociais se manifestam sobre as pessoas e sobre o espaço.
Temas
como a segregação espacial, o processo de favelização, a evolução e
espacialização da violência e marginalidade são estudados e explicados em suas
raízes pela Geografia, o que pode auxiliar no planejamento social, bem como nas
críticas e ações populares que auxiliem no combate a este e outros problemas sócio espaciais.
Com a
reforma do ensino médio, a Geografia deixou de ser uma matéria obrigatória do
currículo e passou a ser optativa, a matéria será oferecida em uma das cinco
áreas do conhecimento, mas as escolas não serão obrigadas a oferecer todas as
cinco áreas do conhecimento, ou seja, caso a escola não ofereça a área das
Ciências Humanas e Sociais, o aluno não terá como desenvolver um pensamento
crítico ao estudar Geografia.
É uma
grande perda para a educação brasileira e para o desenvolvimento dos alunos, já
que muitos assuntos não serão discutidos em sala de aula e com isso serão
formados alunos com visão de mundo muito limitada. Citando o grande geógrafo
brasileiro Milton Santos “A má índole associada a falta de
educação, leva ao racismo, preconceito, e até a marginalidade.”, infelizmente com a reforma do ensino médio e com a
retirada da obrigatoriedade da Geografia no currículo, muitos conhecimentos e
pensamentos críticos irão se perder.
A
Geografia também é bastante criticada pelos apoiadores do “Escola sem Partido”,
para alguns os livros didáticos de geografia estariam doutrinando
ideologicamente os alunos, para eles os livros têm um viés ideológico
anticapitalista. No site do projeto contem os livros que segundo os apoiadores
estariam doutrinando os alunos, a lista contem livros do 7° e 8° ano do ensino
fundamental.
Mais uma
vez a Geografia sendo criticada e não servindo como uma ferramenta para o
desenvolvimento critico dos alunos, nós educadores temos que batalhar muito
para que a Geografia não perca sua função social e que ela possa ainda ensinar
muito para todos e educar e formar alunos críticos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
LINHARES,
Luciano Lempek; MESQUIDA Peri; SOUZA, Laertes L. de. ALTHUSSER: A ESCOLA COMO APARELHO IDEOLÓGICO DE ESTADO. pág. 49 a 61.
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