terça-feira, 11 de junho de 2019

AS FORMAS DE DESCRISTALIZAR OS ASPECTOS DEFEITUOSOS DA EDUCAÇÃO 
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                                                                 Nayara Clara Marques 

A educação como um ensino nas escolas, sendo um espaço físico para a transmissão e recebimento de conhecimento, foi desde do período moderno formada com o objetivo de confinamento dos corpos. Onde crianças e adolescentes eram disciplinados a determinadas ideologias, desempenhando um papel de controle dos indivíduos.
Se por um aspecto, na contemporaneidade, os alunos conquistaram a liberdade de suas escolhas, sejam religiosas ou políticas, por outro aspecto o ambiente atual onde esses indivíduos convivem “sofrem rápidas adaptações corporais e subjetivas, aos novos ritmos e experiências”. ( SIBILIA,2012: 51) .E essas adaptações, provocou a incompatibilidade de crianças e adolescentes com a “escola”. Por isso a educação que temos se tornou entediante, comparada ao extenso mercado de trabalho, a formação técnica e ao mercado tecnológico.
E a educação que queremos é aquela que trabalha a consciência crítica sobre as diversas formas de doutrinação. A educação libertadora e a base do diálogo, como cita Paulo Freire. A escola representa o encontro das diversidades culturais e o espaço do diálogo na formação da subjetividade do indivíduo.  O que poderia ser construído com rodas literárias e debates em sala de aula. De forma que o professor não jogasse de única vez as informações, mas trabalhasse aos poucos a construção de um fato.
Temos normas que defende a educação de qualidade e igualitária, que no encontro do rico e do pobre trabalha a ausência da hierarquia de escolhas e oportunidades. O que queremos é que essa teoria seja posta em prática, que os interesses particulares da elite  desapareça em relação aos dos menos favorecidos. Queremos que os objetivos desenvolvidos em leis, não desviem o percurso em relação à educação; que os espaços físicos das escolas sejam constantemente reformados, que haja frequentes investimentos em materiais didáticos e que as universidades públicas sejam um direito aos alunos de escolas públicas, e não um privilégio de uma “elite intelectual”, como diz Ricardo Vélez Rodríguez. Porque essa elite intelectual é a mesma elite econômica, por que são eles que  detém os melhores estudos e preparos para vestibulares de ingresso em universidades públicas.
Temos uma educação pública que trabalha as línguas inglês e espanhol nas escolas, com o ensino do português um pouco escasso em interpretação textual, sendo que os alunos terminam o ensino médio sem falar e interpretar nenhuma dessas línguas fluentemente; e os que sabem, fizeram cursos fora das intuições.
Em função disso a educação que queremos, e que os conteúdos sejam mostrados de forma mais dinâmica e profundo, em relação a aprendizagem. Que os modos de ensinar sejam atualizados, com contatos mais comparados a realidade. Como por exemplo, explicar botânica com um passeio que mostre contato com a natureza. Dessa forma, os alunos se sentiriam confortáveis e livres, em relação a tantas cadeiras enfileiradas em colunas bem organizadas.
Existem pessoas que por algum defeito biológico, acabam sendo excluídas das relações sociais. Por esse motivo, em minha particular opinião, disponibilizar o ensino de libras nas escolas desde o ensino fundamental, incluiria o contato de crianças surdas e mudas, as demais crianças.  Além de aumentar o mercado de trabalho a profissionais que cursam libras.
Por fim, a educação que temos ainda carece de muito desenvolvimento. Pois não é vista, ou não quer ser vista, pelo Governo, como algo realmente transformador e necessário a população; talvez por medo de que esses indivíduos conheceram os seus direitos e deveres dentro da sociedade, e desenvolveram suas críticas e opiniões em relação a diversos fatores.
A educação que queremos ainda enfrentará muitos holocaustos e dificuldades para ser alcançada. Com profissionais da educação que sejam valorizados e respeitados, tendo currículos não apenas com alto nível de formação em conhecimento conteudista, mas também em formação humanista.

Referência Bibliográfica:

SIBILIA, Paula. Os incompatíveis: outros tipos de corpos e subjetividades. In Redes ou paredes. A escolas em tempos de dispersão. Rio de Janeiro: Contraponto: 2013. 45-63.
ANOTAÇÕES; que foram feitas dos slides passados em sala, durante o curso de verão.

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