A EDUCAÇÃO COMO UM DESAFIO
O cenário da educação brasileira evidencia um projeto
de sucateamento pelo qual a mesma vem passando ao longo dos anos. Apesar de ser
garantida pela Constituição Federal como um direito a todos e dever do Estado e
da família, a educação a qual a grande parte da população possui acesso ainda
sonha com a qualidade. Ou seja, é lindo de se ler, entretanto triste de se
viver. Dessa forma, há um completo descaso tanto com o educador, um
profissional que dedica anos de sua vida ao estudo e aperfeiçoamento, tanto com
o aluno que tem seu processo de aprendizado prejudicado.
Há uma desvalorização do professor, principalmente no
tocante à sua remuneração. Recebem salários baixíssimos e, a eles, são tecidos
comentários como “doutrinadores”. Levando em consideração a tecnologia e íntima
relação que a maioria dos alunos possui com ela, chegam a ser hilário
comentários como esses, tendo em vista que, professores mal conseguem fazer com
que seus alunos leiam obras previstas em seus cronogramas, imagine doutrina-los
a algo específico.
Assim sendo, há uma problemática em torno dessa
relação professor-aluno, pois, fica a cargo dos professores criarem condições a
partir de ideias e iniciativas, muitas vezes não ensinadas em seus cursos de
graduação, para que consigam, de fato, levar algo a seus alunos. E, são em meio
à falta de estrutura, de matérias, de assistência por parte de governantes que
professores e demais funcionários da rede pública, tentam melhorar e fazer ser
possível o processo de aprendizagem e não somente dar conteúdos. Dessa maneira,
surgem exemplos como o da escola CEF 15 do Gama no Distrito Federal que, em
pouco menos de 10 anos tornou-se referência em ensino a partir de esforços de
seus funcionários para que a escola se transformasse, tornando-se assim, mais
humanitária e acolhedora.
Aos que possuem condições financeiras de matricularem
seus filhos em escolas particulares, a eles concedem, em sua maioria,
oportunidades as quais não deveriam ser dadas somente a uma parcela da
população – parcela elitista a qual se mantém com seus privilégios. Não é que não
devam existir redes de ensino privadas, mas sim redes de ensino, públicas e
privadas, as quais preparassem seus alunos de maneira equitativa, promovendo,
verdadeiramente, o desenvolvimento integral dos mesmos.
A educação, assim como Paulo Freire acreditava e
defendia, pode ser – e deve ser – libertadora. E, é justamente por possuir esse
poder de libertar pessoas de condições sociais, que ela é um desafio constante.
Por isso é que se deve lutar pela a mesma, reivindicar um direito tão
fundamental e imprescindível do ser humano.
Referências:
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