EDUCAÇÃO QUE TEMOS X EDUCAÇÃO QUE QUEREMOS
Nathanael Martins Pereira
A educação é o pilar
principal das relações humanas, tendo papel fundamental nos avanços e na
capacidade de vencer os problemas existentes em sociedade. Sem a educação
qualquer quebra de barreiras é impossível, de modo que, para que possamos
continuar em ritmo de progresso, a educação deve ser a nossa maior prioridade.
A educação deve receber mais investimentos e ser entendida por sua capacidade
transformadora.
Temos também, um ponto primordial para que
essa caminhada com a educação seja eficaz, que é o educador. O educador deve
ser valorizado e respeitado. Não colocado contra parede, muito menos cesurado.
A relação professor-aluno é uma relação sensível que deve ser cultivada e
mantida. No momento que o Estado ou os pais tentam colocar o aluno contra o
professor, essa relação que é sensível acaba sendo minada. Impossibilitando
assim a troca de saber.
Existe
um projeto de saqueamento, sucateamento e abandono contra a educação
brasileira, os interessados são os mais diversos, todos eles, tem um desejo em
especial com essa mobilização contra a educação. Um dos pontos principais, é a
formação de um grupo manipulável, por meio da desinformação e do desserviço.
Tendo esse panorama apresentado, podemos
comparar a educação que temos, com todos os seus problemas, e a educação que
queremos. E assim poderemos solucionar grande parte dos problemas existentes.
Primeiro ponto: Falta de acesso. Do que
adianta a existência das escolas se ainda hoje muitos alunos de região rural ou
periférica, ainda tem o acesso dificultado as escolas. Ou as universidades
federais, sendo que o acesso do jovem pobre e periférico continua por vezes
inviável. – Diga-se de passagem que, a existência não necessariamente vem
acompanhada de uma estrutura que seja mantida e custeada de modo correto, vide
o sucateamento das unidades de ensino público e federal.
Segundo ponto: Ineficiência. É sabido que nos
últimos anos estamos conseguindo reduzir os índices de analfabetismo, no
entanto, segundo o MEC 55% dos alunos de 8 anos, tem conhecimento insuficiente
em matemática e leitura.
Pesquisas
recentes, do INAF, revelam que três em cada dez brasileiros são analfabetos
funcionais. Esse resultado é assustador, cerca de 38 milhões de brasileiros
sabem ler, no entanto não entendem o que leem. E a dificuldade desse grupo não
está só na compreensão do que é lido, mas também na dificuldade de entender e
se expressar por meio de números.
Tendo essas questões apresentadas, lembrando
que isso é apenas uma parte dos diversos problemas que a educação no Brasil
enfrenta. Solucionar não é fácil, mas é necessário que se mude a postura dos
governantes e da sociedade em conjunto, para que, assim, possamos caminhar para
um Brasil em que todos tenham acesso a uma educação transformadora e de
qualidade.
A
educação que almejamos, deve ser livre, livre das determinações já
estabelecidas em nossa sociedade. Deve ser inovadora e transformadora. Deve
ensinar não só as matérias já determinadas, como matemática, física e química,
e sim, deve focar no social, na formação de cidadão, nos processos de
desconstrução de preconceitos e paradigmas. A educação que queremos, não deve
ter medo de tocar em assuntos sensíveis, tem de formar ambientes de diálogo que
favoreçam a evolução, proteção, crescimento e desenvolvimento do ator social. A
educação não pode ser regida por outros setores da sociedade. Setores esses,
que tem bastante interesse no enfraquecimento da educação.
Conhecimento é poder. Informação é poder.
Educação é poder. O projeto que foi citado a cima, tem uma intenção, que é a
dominação. No entanto, uma sociedade bem informada e com total acesso a
educação, não é dominada nem subjugada.
Uma frase que pode concluir esse texto e
definir o problema que a educação brasileira enfrenta, foi dita por Darcy
Ribeiro.
“A
crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto. ”
-
Darcy Ribeiro
Fontes:
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