DA EDUCAÇÃO MODERNA À CONTEMPORÂNEA EM SEU NOVO FORMATO SOCIAL
Amanda de Paula Leite Holanda
De
acordo com Foucault o modelo escolar atual é ultrapassado, é semelhante e
comparado a um hospício, por haver paredes e regras. A sociedade contemporânea
possui um novo formato social, cidadãos cada vez mais com dificuldade em ficar
sentados e enfileirados.
A
partir da Segunda Guerra Mundial, houve-se a necessidade de aperfeiçoar os
meios de comunicação. A globalização surgiu também com o ideal de interligar
pessoas, redes, multinacionais... A eficiência e a efervescência desse novo
sistema, proporcionou uma nova era, baseada no dinamismo, velocidade e
agilidade. Agora, na contemporaneidade, vivemos em uma sociedade informacional,
hiperconectada e espetacular.
A
escola e a educação contemporânea se sentem ameaçadas pela sociedade do
consumo, pois as mesmas ainda se assemelham à estrutura moderna, ainda há
quadros, carteiras, disciplina e horários a serem cumpridos. A educação que
temos está indo à falência, as escolas estão se sentindo na obrigação em se
enquadrar na sociedade do consumo, a busca de lucro ao invés de criar cidadãos
está cada vez mais evidente. É necessário instigar a atração do jovens, a
prática e o dinamismo das aulas. Sabe-se que as escolas também precisam ser
democráticas, mas não é um fato que ocorre em todas as instituições, a falha no
sistema se torna perceptiva e já que a constituição federal defende que a
educação é dever do estado e da família, de cunho obrigatório e gratuito, nada
mais justo que os cidadãos exijam seus devidos direitos.
De
acordo com Paula Sibília, a escola se tornou mercadoria, é preciso que a mesma
também entre em jogos de poder. “A escola passa a virar um produto como entre
inúmeros outros, que deve competir para captar a atenção de seus clientes
potencias caso queira conquistar adeptos e subsidir”. Com a educação que temos,
o jovem contemporâneo não se sente mais instigado a ir à escola. Não busca mais
uma educação padronizada, prefere logo trabalhar para virar consumidor, muitos
jovens são insatisfeitos com a educação atual, pois ela é colocada em jogo nas
mãos do governo. A educação que queremos é baseada no dinamismo, entretenimento,
flexibilidade e onde questões igualitárias, libertárias, pluralista e com
gratuidade no ensino público e valorização dos profissionais sejam colocadas em
pauta e não seja apenas de valor teórico. As escolas precisam saber lidar com
as novas tecnologias e aos efervescentes meios de comunicação.
Desde 1980, as mudanças nas políticas
educacionais brasileiras se realizaram, de forma intensa e acelerada, desde a
nossa transição democrática, essas políticas educacionais precisam de um
planejamento, gestão e avaliação educacional.
A
hierarquia de professor se tornou ultrapassada, hoje, qualquer um pode ser
“dono” da sabedoria através das parafernálias tecnológicas, a imagem, ou um
vídeo editado ganha uma maior concentração e autoridade para com o novo formato
social, a escola também se sente sufocada com o avanço do audiovisual.
As
ferramentas da leitura e da escrita estão sendo cada vez mais desenvolvidas, a
porcentagem de jovens que frequentam bibliotecas, ou fazem anotações em papéis está
sofrendo um declínio significativo. Queremos uma educação na qual haja a
valorização da pessoa como indivíduo, respeitando sua subjetividade e não a tornando
como mera mercadoria. Queremos uma educação na qual haja a utilização dos
aparatos tecnológicos para a facilidade e desenvolvimento do senso crítico.
Queremos uma educação na qual haja o respeito à constituição federal dando
ênfase à questão da educação que deve ser de cunho gratuito, obrigatória e
democrática.
Bibliografia:
SIBILIA, Paula. Redes ou paredes: a escola em tempos de dispersão.
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