segunda-feira, 3 de junho de 2019

DA EDUCAÇÃO MODERNA À CONTEMPORÂNEA EM SEU NOVO FORMATO SOCIAL 

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                                                                            Amanda de Paula Leite Holanda 

De acordo com Foucault o modelo escolar atual é ultrapassado, é semelhante e comparado a um hospício, por haver paredes e regras. A sociedade contemporânea possui um novo formato social, cidadãos cada vez mais com dificuldade em ficar sentados e enfileirados.
A partir da Segunda Guerra Mundial, houve-se a necessidade de aperfeiçoar os meios de comunicação. A globalização surgiu também com o ideal de interligar pessoas, redes, multinacionais... A eficiência e a efervescência desse novo sistema, proporcionou uma nova era, baseada no dinamismo, velocidade e agilidade. Agora, na contemporaneidade, vivemos em uma sociedade informacional, hiperconectada e espetacular.
A escola e a educação contemporânea se sentem ameaçadas pela sociedade do consumo, pois as mesmas ainda se assemelham à estrutura moderna, ainda há quadros, carteiras, disciplina e horários a serem cumpridos. A educação que temos está indo à falência, as escolas estão se sentindo na obrigação em se enquadrar na sociedade do consumo, a busca de lucro ao invés de criar cidadãos está cada vez mais evidente. É necessário instigar a atração do jovens, a prática e o dinamismo das aulas. Sabe-se que as escolas também precisam ser democráticas, mas não é um fato que ocorre em todas as instituições, a falha no sistema se torna perceptiva e já que a constituição federal defende que a educação é dever do estado e da família, de cunho obrigatório e gratuito, nada mais justo que os cidadãos exijam seus devidos direitos.
De acordo com Paula Sibília, a escola se tornou mercadoria, é preciso que a mesma também entre em jogos de poder. “A escola passa a virar um produto como entre inúmeros outros, que deve competir para captar a atenção de seus clientes potencias caso queira conquistar adeptos e subsidir”. Com a educação que temos, o jovem contemporâneo não se sente mais instigado a ir à escola. Não busca mais uma educação padronizada, prefere logo trabalhar para virar consumidor, muitos jovens são insatisfeitos com a educação atual, pois ela é colocada em jogo nas mãos do governo. A educação que queremos é baseada no dinamismo, entretenimento, flexibilidade e onde questões igualitárias, libertárias, pluralista e com gratuidade no ensino público e valorização dos profissionais sejam colocadas em pauta e não seja apenas de valor teórico. As escolas precisam saber lidar com as novas tecnologias e aos efervescentes meios de comunicação.
 Desde 1980, as mudanças nas políticas educacionais brasileiras se realizaram, de forma intensa e acelerada, desde a nossa transição democrática, essas políticas educacionais precisam de um planejamento, gestão e avaliação educacional.
A hierarquia de professor se tornou ultrapassada, hoje, qualquer um pode ser “dono” da sabedoria através das parafernálias tecnológicas, a imagem, ou um vídeo editado ganha uma maior concentração e autoridade para com o novo formato social, a escola também se sente sufocada com o avanço do audiovisual.
As ferramentas da leitura e da escrita estão sendo cada vez mais desenvolvidas, a porcentagem de jovens que frequentam bibliotecas, ou fazem anotações em papéis está sofrendo um declínio significativo. Queremos uma educação na qual haja a valorização da pessoa como indivíduo, respeitando sua subjetividade e não a tornando como mera mercadoria. Queremos uma educação na qual haja a utilização dos aparatos tecnológicos para a facilidade e desenvolvimento do senso crítico. Queremos uma educação na qual haja o respeito à constituição federal dando ênfase à questão da educação que deve ser de cunho gratuito, obrigatória e democrática.

Bibliografia: SIBILIA, Paula. Redes ou paredes: a escola em tempos de dispersão.

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