sábado, 1 de junho de 2019



A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO

Resultado de imagem para ESCOLA

Roberto Paniago Claudino 

O professor é o agente responsável por educar toda a próxima geração de um país inteiro. Seu trabalho é talvez o mais importante, pois está nas mãos dele encaminhar futuros políticos, médicos, policiais, etc. Porém, como é visto atualmente, seu papel está sendo muito pouco valorizado, com péssimos salários e sua liberdade de expressão em sala sendo tomada.
O professor é o portal do aluno para não só o futuro profissional, como o futuro cidadão. Seu trabalho vai além de ensinar as matérias como português, matemática e história. O professor tem o papel de fazer novos cidadãos. Ele prepara uma geração inteira para que ela um dia assuma o pais. Sem os professores, nenhum país pode se desenvolver, pois ficaria estagnado, preso aos mesmos conceitos e valores, sem poder passa-los.
Ser professor deveria ser algo extremamente respeitado e valorizado pela sociedade, porém não é a realidade do Brasil atualmente. De acordo com uma pesquisa feita pela Varkey Foundation, dentre 35 países avaliados, o Brasil é o pais que mais desvaloriza a profissão professor. A pesquisa mostra que o Brasileiro médio não tem conhecimento do quanto um professor trabalha em média e de que a profissão é comparada a bibliotecário.
Além de não serem devidamente valorizados, os professores também possuem péssimas condições de trabalho. Forçados a trabalhar muitas vezes em escolas sucateadas, sem preparo para receber os alunos. Sem material e até sem comida suficiente, o professor tem que se esforçar para conseguir fazer um bom trabalho. Também não possuem um salário muito alto: com 99% recebendo em média 3,500 Reais (dados de um levantamento do Inep em 2017). Com uma média de tempo de trabalho semanal de 47,7 horas semanais.
Vendo a falta de valorização, salários medianos, ambiente de trabalho inadequado e longos períodos de trabalho, o professor no Brasil ainda deve ter sua liberdade na sua própria sala retirada. O Programa Escola Sem Partido, recentemente popularizado, é destinado à extinção da “doutrinação ideológica” em sala. Defendendo que o professor não deve expor sua própria opinião e crítica em sala de aula, a fim de não doutrinar os alunos (site: https://www.programaescolasempartido.org/).  Porém fica obvio que é uma forma de censura de qualquer ensino que não seja pertinente a aqueles que defendem o projeto. Temas como identidade de gênero e educação sexual, que já deveriam ser apresentados e discutidos na sala de aula são constantemente repudiados e a liberdade e autoridade dentro de sala do professor é mais ainda reduzida.
Todos esses fatores culminam em um dado do levantamento feito pela Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), que com base nos dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2015, mostra que apenas 3,3% dos estudantes brasileiros de 15 anos querem ser professores. Quando se trata daqueles que querem ser professores em escolas, na educação básica, esse percentual cai para 2,4% (Http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2018-10/apenas-33-dos-estudantes-brasileiros-querem-ser-professores). Esse dado mostra uma rejeição à profissão.
Ser professor deveria significar ser um ídolo, um símbolo o qual os alunos poderiam se espelhar. Em países desenvolvidos, como a Alemanha, o professor é muito valorizado e muito admirado. O professor deve ser respeitado como uma autoridade dentro e fora de aula, deve ter voz, pois se algo de errado afeta os professores, toda uma futura geração também será afetada. Até que seu papel não seja reconhecido, o sistema educacional brasileiro e as futuras gerações continuarão sendo falhos e cometendo os mesmos erros.
Diante do que foi exposto, até que o a profissão professor tenha o seu devido valor, um ambiente de trabalho preparado, um salário muito maior que o atual e o respeito merecido, as próximas gerações serão incompletas, como profissionais e como cidadãos, e cada vez mais a profissão será rejeitada e desvalorizada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A CULTURA NA EDUCAÇÃO: CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE                                                                    ...